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sexta-feira, 26/09/2025

Carro do Comboio escondia R$ 5 milhões em drogas em Águas Claras

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A Polícia Civil encontrou uma grande quantidade de drogas dentro de um veículo estacionado na garagem de um edifício residencial em Águas Claras, surpreendendo os moradores locais. A Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco) confiscou 194 kg de drogas ilegais, com valor estimado em R$ 4,9 milhões.

A ação foi um golpe significativo contra a organização criminosa Comboio do Cão (CDC), conhecida por suas atividades de agiotagem e lavagem de dinheiro. A operação recebeu o nome de Fratelli Bianchi.

Detalhes da Operação

Segundo a PCDF, o grupo criminoso intimida suas vítimas através do uso de armas, ameaças contra familiares e até tomando veículos como garantia dos débitos. Os recursos financeiros são lavados por meio de empresas falsas e pessoas usadas como laranjas para financiar a parte armada da facção.

A Fratelli Bianchi, deflagrada em 25 de setembro, cumpriu quatro mandados de prisão temporária e nove mandados de busca, apreensão e sequestro patrimonial.

As investigações abrangeram Águas Claras, Ceilândia, Samambaia e também Alexânia (GO), levando ao congelamento de várias contas bancárias e apreensão de bens vinculados ao grupo.

Iniciadas em julho, as investigações partiram de evidências coletadas em operações anteriores contra o tráfico de drogas, confirmando que o grupo atua tanto nas ruas quanto nas prisões. O grupo investigado tem autonomia dentro do CDC.

Atividades Criminosas e Investigados

Os recursos provenientes do tráfico eram usados para sustentar um esquema de empréstimos ilegais com juros abusivos, cobrados sob ameaças de violência.

Dois dos principais suspeitos possuem condenações severas: um deles acumula mais de 46 anos de prisão por homicídio, tráfico, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Um desses homicídios foi cometido contra um membro da própria facção, mas foi tolerado internamente, reforçando a posição do autor na organização.

De acordo com a Draco, os suspeitos poderão responder pelos crimes de organização criminosa, extorsão qualificada, agiotagem e lavagem de dinheiro. As penas combinadas podem ultrapassar 30 anos de prisão e incluem multas. Este núcleo era especialmente dedicado à prática da agiotagem como fonte de renda ilícita para o Comboio do Cão, enfatizou a Polícia Civil.

A operação envolveu cerca de 90 policiais, incluindo agentes da PCDF — com equipes da Draco e da Divisão de Operações Especiais (DOE) — e policiais civis de Goiás, da Regional de Águas Lindas.

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