ANA POMPEU, JOSÉ MARQUES E CÉZAR FEITOZA
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS)
A ministra Cármen Lúcia declarou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não foi puxado ou levado contra sua vontade para os atos violentos investigados, incluindo os acontecimentos de 8 de janeiro de 2023. Pelo contrário, ele foi o líder que organizou esses eventos, com a intenção de manter-se no poder.
“Ele não foi arrastado para o cenário de violência, ele foi o líder e o responsável para que se chegasse ao objetivo de tomar o poder. Existem muitas provas que mostram os planos para tomar o poder, que não ficaram apenas em ideias ou registros privados”, afirmou.
Cármen Lúcia deu seu voto no quarto julgamento sobre o plano golpista de 2023. Sua declaração foi uma resposta à defesa do ex-presidente, que na semana anterior afirmou, em sua sustentação oral, que Bolsonaro foi levado para os atos à força.
O advogado Celso Vilardi disse que a investigação, sem apresentar provas, associou Bolsonaro a muitos documentos e ao 8 de janeiro, evento considerado um “episódio trágico”. “E o presidente, que estou representando, foi puxado para esses fatos”, completou.