O vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) declarou que seu pai, Jair Bolsonaro, não esteve envolvido na tentativa de golpe: “Ele não estava presente”. Na terça-feira (25/11), Carlos concedeu entrevista após visitar o ex-presidente na sede da Polícia Federal (PF).
Sobre o estado emocional de Bolsonaro, Carlos destacou que ele estava triste devido à condenação que considera injusta. Durante a entrevista, Carlos inicialmente reconheceu a tentativa de golpe, mas depois negou a participação do pai.
“Ele chorou na visita. Ele vê isso como uma grande injustiça, assim como eu. Houve uma tentativa de golpe, mas ele não estava por aqui.”, afirmou.
Quando uma jornalista perguntou se realmente houve tentativa de golpe, em meio à confusão gerada pela presença de vários repórteres, Carlos respondeu suspirando e explicou:
“Não houve tentativa de golpe. Em janeiro, ele já não estava aqui. No dia 2 de novembro, ele fez uma transmissão ao vivo para pedir calma às pessoas. Em 30 de dezembro, ocorreu outra transmissão. Tudo isso é um teatro sem sentido. Onde está o documento? Eu não vi nada.”
Bolsonaro está na Polícia Federal desde o sábado pela manhã, após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, alegar risco de fuga, motivado pela vigília convocada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente.
Durante a coletiva, Carlos expressou sua desaprovação sobre a vigília que antecedeu a prisão preventiva do pai. Ele afirmou ter participado de várias vigílias e considerou que classificar o evento como uma preparação para fuga foi uma ofensa à prática religiosa.
No julgamento que definiu a prisão preventiva, além da vigília, o ministro Alexandre de Moraes mencionou que o ex-presidente violou a tornozeleira eletrônica de forma intencional. O STF decidiu, com quatro votos favoráveis, manter a prisão preventiva de Bolsonaro.
