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sábado, 02/08/2025

Carlos Brandão afirma que Tarcísio agiu sem consultar Lula nas negociações com os EUA

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Em Brasília

Carlos Brandão, governador do Maranhão, declarou que não é possível avançar nas negociações com os Estados Unidos sem a participação e consentimento do presidente Lula e do vice-presidente Geraldo Alckmin.

Em entrevista ao Metrópoles, o governador destacou sua discordância com a iniciativa do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que buscou uma relação direta para tentar cancelar a tarifa de 50% imposta pelo presidente Donald Trump.

Brandão explicou que, uma vez que o vice-presidente Alckmin foi delegado para liderar essas negociações, é essencial ouvi-lo antes de qualquer ação. Ele ressaltou que vem consultando entidades industriais e comerciais para coletar dados sobre a situação regional.

“Não se deve ultrapassar o vice-presidente e o presidente Lula sem considerar suas posições”, afirmou Brandão.

O governador também comentou que Tarcísio possivelmente não deseja ser subordinado ao presidente Lula nessas negociações, especialmente considerando que Tarcísio é apontado como possível candidato à Presidência em 2026.

Impactos do tarifaço

O aumento de 50% nas tarifas sobre produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, decidido por Donald Trump, vai afetar os preços de combustíveis e celulose no Brasil. Conforme Brandão, 70% do combustível adquirido pelo país chega pelo porto de Itaqui, o mais próximo dos EUA.

O impacto imediato será sentido pelas indústrias de celulose, especialmente com redução estimada de 16% no faturamento da Suzano, maior empresa do setor no Brasil.

Brandão explicou que o porto de Itaqui, maior do Arco Norte e do Brasil acima de Brasília, será impactado, especialmente nas vendas de celulose e papel destinadas aos EUA. As fábricas da Suzano na Bahia e no Maranhão são as mais afetadas, devido ao volume exportado para os Estados Unidos.

“O efeito será uma redução aproximada de 16% nas vendas da Suzano”, concluiu o governador maranhense.

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