Carlos Bolsonaro, vereador do Rio e filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), expressou sua reação às restrições impostas ao seu pai pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele comparou a situação ao escândalo envolvendo o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Segundo Carlos, o escândalo do INSS foi desviado pela alta cúpula da democracia, conforme publicou em seu perfil na rede social X (antigo Twitter).
O caso envolvendo fraudes em descontos realizados por sindicatos e associações na folha de pagamento dos aposentados e pensionistas veio à tona em abril. O escândalo resultou na demissão do então ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, do presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e no afastamento de servidores. Atualmente, o governo busca compensar as vítimas dos descontos irregulares.
Apesar da tentativa de retomar esse tema, as redes sociais permanecem focadas na ação da Polícia Federal (PF) contra Bolsonaro.
Pesquisa da empresa Nexus revelou que oito dos dez assuntos mais discutidos na plataforma X às 10h da manhã estavam relacionados à operação autorizada por Moraes contra Bolsonaro.
As restrições ao ex-presidente, alvo de mandado da PF nesta sexta-feira, 18, incluem o uso obrigatório de tornozeleira eletrônica, permanência domiciliar das 19h às 7h nos dias úteis, e durante todo o fim de semana. Também foi proibido a ele o uso das redes sociais e a comunicação com outros réus, diplomatas ou embaixadores estrangeiros.
Em outra postagem, Carlos Bolsonaro se declarou como um “filho revoltado com toda a perseguição criminosa sofrida pelo pai”. Acusado de tentativa de golpe de Estado no Supremo, Bolsonaro enfrenta possibilidade de pena de até 43 anos de prisão e teve sua condenação recomendada pela Procuradoria Geral da República (PGR) nas alegações finais.
Ele ainda afirmou ser doloroso ver o homem que mais admira sendo tratado de forma tão injusta, censurado, proibido de sair do país e sujeito a buscas arbitrárias, enquanto pessoas envolvidas em crimes graves vivem normalmente no país.
Conteúdo Estadão