A Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (PCERJ), por meio da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (Dcav), está investigando uma denúncia contra o influenciador e youtuber João Paulo Manoel, de 45 anos, conhecido como Capitão Hunter, que conta com mais de 1 milhão de seguidores.
A investigação apura uma possível troca de mensagens com conteúdo íntimo entre o influenciador e um menino de 11 anos.
João Paulo foi detido na quarta-feira (22/10), em Santo André (SP), durante uma operação conjunta das polícias civis do Rio de Janeiro e São Paulo. Ele é suspeito de exploração sexual infantil e estupro de vulnerável.
No decorrer da ação, foram apreendidos celulares e computadores na residência do influenciador, que passarão por perícia para verificar a existência de outras vítimas.
A investigação começou após uma carta enviada por uma menina de 13 anos, que contou ter conhecido o youtuber em um evento de Pokémon quando tinha apenas 11 anos. Segundo a polícia, eles mantiveram contato frequente por mensagens a partir daquele momento.
Capitão Hunter é uma figura conhecida no meio dos jogos, cartas colecionáveis e brinquedos da famosa franquia japonesa.
De acordo com a Dcav, o celular utilizado para as conversas com a vítima era da esposa de João Paulo. A investigação ainda indica que, nas mensagens com a criança, ele mostrou partes íntimas diversas vezes e solicitou que a menor fizesse o mesmo em mais de uma ocasião.
Em uma das mensagens, ele ensinava como apagar as conversas no aparelho, pedindo que fosse enviado um print como comprovação.
Uma das vítimas relatou: “Quando paramos de jogar, ele veio ao meu privado para falarmos sobre Pokémon… até que ele começou a agir de forma estranha. Pediu para eu mostrar partes íntimas (bunda) e eu mostrei achando que era uma brincadeira. Quando ele mostrou as partes dele, fiquei assustada. Desliguei o celular e comecei a chorar”.
A coluna aguarda uma manifestação da defesa de Capitão Hunter. O espaço permanece aberto para qualquer posicionamento.