O primeiro-ministro canadense, Mark Carney, anunciou na quinta-feira (19) que o Canadá irá modificar as tarifas de retaliação de 25% que incidem sobre produtos de aço e alumínio vindos dos Estados Unidos a partir do dia 21 de julho, caso um novo acordo comercial bilateral não seja fechado nos próximos 30 dias.
Em entrevista coletiva em Ottawa, Carney declarou: “O Canadá vai ajustar as tarifas de retaliação existentes sobre aço e alumínio dos Estados Unidos em 21 de julho, ao final do período de 30 dias”.
Além disso, Carney anunciou medidas para apoiar as indústrias locais de aço e alumínio, que atualmente enfrentam tarifas de 50% impostas pelos EUA, tais como regras de compras que favorecem fornecedores nacionais e ações antidumping.
O Canadá é o maior fornecedor desses metais para o mercado americano.
No começo de junho, Carney criticou a decisão americana de aumentar para 50% as tarifas sobre produtos canadenses, classificando-a como “ilegal” e “injusta”.
Enquanto isso, Canadá e Estados Unidos mantêm discussões intensas para revisar suas relações comerciais.
Durante a cúpula anual do G7 realizada no Canadá, os líderes pressionaram o presidente Trump a modificar sua política de tarifas.
Após o encontro entre Carney e Trump na cúpula, o governo canadense informou que um acordo comercial pode ser fechado dentro de 30 dias.
As negociações continuam em progresso.
Segundo Carney, um resultado positivo ajudaria a “estabilizar as relações comerciais com os Estados Unidos” e a “facilitar o acesso das empresas canadenses ao mercado americano”.
Em 2024, o Canadá exportou 5,95 milhões de toneladas de aço e 3,15 milhões de toneladas de alumínio para os EUA, conforme dados oficiais.