Internautas iniciaram uma campanha de boicote a produtos norte-americanos a partir da sexta-feira (1º/8). A mobilização surge em resposta às tarifas elevadas impostas pelos Estados Unidos contra o Brasil, ganhando grande repercussão nas redes sociais nos últimos dias.
Na internet, circula uma lista contendo mais de 100 produtos fabricados nos EUA que os brasileiros são incentivados a evitar a partir do dia 1º de agosto, quando as novas tarifas entram em vigor para produtos brasileiros.
Produtos como refrigerantes, fast-food, eletrônicos e serviços de comércio eletrônico estão entre os principais alvos do boicote.
A medida acontece em meio às sanções divulgadas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, que estabeleceu uma taxa de 50% sobre produtos brasileiros, válida a partir desta sexta-feira.
O Brasil não é o primeiro país a realizar um boicote contra produtos americanos. Em março deste ano, o Canadá promoveu uma ação semelhante como retaliação às ameaças tarifárias do governo norte-americano, que impactaram o dólar canadense frente à moeda dos Estados Unidos.
Negociações em andamento
Recentemente, uma delegação de senadores brasileiros, liderada pelo presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado (CRE), Nelsinho Trad (PSD-MS), viajou aos Estados Unidos para tentar reverter as punições tarifárias.
O vice-presidente, Geraldo Alckmin, também tem buscado contatos com representantes do governo norte-americano para negociar a questão. Entretanto, o presidente Lula afirmou na última sexta-feira (25/7) que “ninguém quer dialogar com Alckmin”.
Donald Trump justificou as tarifas afirmando que o Supremo Tribunal Federal (STF) está agindo de forma injusta com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), além de alegar que as relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos são desequilibradas.