A imprensa de Israel reportou que uma das razões para o ataque ao hospital Nasser, localizado na Faixa de Gaza, seria a descoberta de uma câmera suspeita instalada no centro médico, identificada por um civil israelense. O ataque ocorrido na segunda-feira (25/8) resultou em pelo menos 20 mortes, incluindo cinco jornalistas.
Conforme divulgado pelas emissoras Channel 12 e 14, a câmera encontrava-se em um dos andares do hospital. Embora não tenham apresentado evidências concretas, os canais afirmaram que o equipamento teria sido usado pelo Hamas para monitorar o movimento das Forças de Defesa de Israel (FDI) na região.
A câmera foi apontada por um civil chamado Rafael Hayon, segundo fontes da mídia israelense.
Horas após o ataque, Hayon publicou um vídeo no Facebook comentando o ocorrido, acusando jornalistas presentes no hospital Nasser de coletar informações sobre o exército israelense e transmiti-las ao Hamas.
“Um militante mascarado de jornalista, recolhendo dados sobre nossas tropas e enviando em tempo real para o Hamas e grupos que executam ataques, atingindo nossas forças. Portanto, não me arrependo do que aconteceu. O que precisava ser feito ocorreu da melhor forma possível”, declarou o civil israelense, especialista em Tecnologia da Informação, que vem monitorando a Faixa de Gaza desde o início do conflito entre Israel e Hamas.
Apesar das alegações, não foram apresentadas provas que confirmem a colaboração dos profissionais de imprensa no hospital com o grupo palestino. Fotografias anteriores ao bombardeio indicam que a área atingida era frequentemente utilizada por jornalistas que cobrem o conflito diretamente.
Até o momento, as FDI não confirmaram se o ataque foi realmente motivado pela suposta câmera, nem comentaram sobre o envolvimento do civil israelense na ação.