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quinta-feira, 31/07/2025

Câmara americana critica tarifa de Trump contra o Brasil

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A Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham) expressou preocupação com a decisão do governo dos Estados Unidos de aplicar tarifas de 50% sobre produtos importados do Brasil. A medida, oficializada por ordem executiva assinada pelo presidente Donald Trump na última quarta-feira (30/7), é vista pela entidade como um retrocesso na relação econômica entre os dois países, podendo afetar negativamente empresas, empregos e consumidores de ambos os lados.

De acordo com a Amcham, a tarifa fragiliza a histórica parceria entre Brasil e Estados Unidos. Em comunicado, a entidade destaca que a imposição de barreiras comerciais prejudica a competitividade das empresas exportadoras e defende a resolução desses impasses por meio de diálogo.

“Ao longo de mais de dois séculos de relações diplomáticas contínuas, Brasil e Estados Unidos desenvolveram uma parceria sólida, baseada em valores e interesses econômicos comuns, além de um intenso intercâmbio empresarial. A Amcham destaca que divergências comerciais devem ser solucionadas através da intensificação do diálogo construtivo em alto nível, visando preservar e fortalecer a cooperação econômica”, afirma a entidade.

A ordem executiva assinada pelo presidente norte-americano, que passa a valer em 6 de agosto, determina a nova alíquota para mercadorias destinadas ao consumo ou retiradas de depósito a partir dessa data. Apesar disso, cerca de 700 itens foram excluídos da lista de produtos afetados, incluindo aeronaves civis produzidas pela Embraer, suco de laranja, aço, minério de ferro e combustíveis.

Justificativa para as tarifas

O governo dos Estados Unidos justificou a imposição das tarifas com base na Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional (IEEPA), de 1977, alegando que o Brasil representa atualmente uma “ameaça incomum e extraordinária” à segurança nacional, política externa e economia norte-americana.

O texto oficial acusa o governo brasileiro de perseguir e censurar opositores políticos, especialmente o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus apoiadores, o que, segundo a administração dos Estados Unidos, configura violações de direitos humanos e enfraquece o Estado de Direito.

“O presidente Trump tem reiterado seu compromisso em proteger a segurança nacional, a política externa e a economia dos Estados Unidos contra ameaças externas, incluindo a defesa da liberdade de expressão e a responsabilização daqueles que violam direitos humanos por seus atos ilegais”, diz o comunicado oficial.

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