LUCAS LACERDA
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)
O Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) lançou um alerta grave sobre uma onda de calor que está afetando 1.284 cidades no Brasil. A região em alerta vermelho inclui os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, o norte do Paraná, e o sul de Minas Gerais e Espírito Santo.
Este alerta é o mais sério emitido pelo INMET, estando em vigor até a próxima segunda-feira (29). Ele indica que as temperaturas estão cerca de 5°C acima da média por um período superior a cinco dias, o que representa um risco à saúde. Uma frente fria que trará chuvas ao Sudeste no início da semana pode alterar um pouco as temperaturas, mas o calor deve continuar.
Na capital São Paulo, a previsão para este sábado (27) é de máxima de 33°C, podendo ultrapassar esse valor conforme recordes recentes indicam.
De acordo com o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE) da Prefeitura de São Paulo, a cidade deve enfrentar altas temperaturas até o final de 2025, causadas pela permanência de uma massa de ar quente sobre grande parte do Sudeste. A frente fria prevista para entre segunda e quarta-feira (31) pode trazer chuvas mais intensas.
Na sexta-feira (26), o INMET registrou 36,2°C às 15h, a maior temperatura do ano para São Paulo e também a mais alta para o mês de dezembro desde 1943.
Esse recorde ocorreu um dia após a cidade atingir 35,9°C às 16h de quinta-feira (25), medidos no Mirante de Santana, na zona norte.
O CGE alerta que São Paulo poderá ter pancadas de chuva entre o meio da tarde e o início da noite, acompanhadas de descargas elétricas, ventos fortes e até granizo.
A Defesa Civil Municipal mantém atenção especial para o calor desde a segunda-feira (22), às 14h50. Até agora, dezembro acumulou 138,4 mm de chuva, aproximadamente 75,1% da média esperada para o mês que é de 184,2 mm.
Chuva em São Paulo
A Defesa Civil do Estado de São Paulo emitiu aviso de chuvas fortes para os próximos dias. As precipitações devem aumentar a partir da próxima segunda-feira (29), especialmente no interior paulista, e na virada do ano, no litoral norte do estado.
Diante desse cenário, o governo estadual convocou prefeitos, órgãos estaduais e concessionárias para coordenar ações preventivas, criando um gabinete de crise que funcionará entre os dias 29 de dezembro e 4 de janeiro.

