JÚLIA MOURA E ANA PAULA BRANCO
FOLHAPRESS
A Caixa Econômica Federal anunciou que 52 mil contratos de financiamento imobiliário poderão aproveitar as mudanças recentes no uso do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).
Com a nova regra aprovada pelo conselho curador do FGTS, o fundo poderá ser usado para reduzir, comprar ou abater parcelas em qualquer contrato imobiliário, independente da data de assinatura, desde que o imóvel tenha valor dentro do teto atualizado de R$ 2,25 milhões.
Inês da Silva Magalhães, vice-presidente de Habitação da Caixa, explica que esses contratos ativos desde 2021 envolvem imóveis avaliados entre R$ 1,5 milhão, que era o teto antigo, e R$ 2,25 milhões, o teto atual.
Para utilizar o saldo do FGTS, o cliente deverá atualizar o valor do seu imóvel para confirmar se ele se enquadra na nova faixa de benefício.
Essa mudança resolve um problema iniciado em outubro de 2025, quando o teto do SFH (Sistema Financeiro da Habitação) passou de R$ 1,5 milhão para R$ 2,25 milhões, e contratos assinados entre junho de 2021 e outubro de 2025 não podiam usar o FGTS se o imóvel estivesse acima do teto antigo. Essa exclusão gerou pressão de bancos e incorporadoras para corrigir a regra.
A expectativa da Caixa é que a permissão para usar o FGTS nos financiamentos permita liberar mais recursos para conceder novos empréstimos, ampliando o acesso ao crédito imobiliário.
Marcos Brasiliano Rosa, vice-presidente de Finanças e Controladoria da Caixa, mencionou que, mesmo antes da mudança, já era possível notar que os clientes estavam amortizando esses financiamentos com mais rapidez.
