Junho foi o segundo mês com mais vagas criadas no ano. O setor de serviços foi destaque, com mais de 124 mil novas vagas no mercado formal
O Brasil fechou junho com saldo de 278 mil novas vagas com carteira assinada criadas, segundo novos dados do Caged, levantamento do Ministério do Trabalho e Previdência que mede as variações no mercado formal.
No mês, foram admitidos 1.898.876 pessoas para vagas e desligados 1.620.932 trabalhadores.
O setor de serviços, que mais emprega em termos absolutos no mercado formal, seguiu sendo o setor com maior saldo positivo de vagas no período.
Junho foi o segundo mês com mais vagas criadas, atrás de fevereiro.
A distribuição de novas vagas por setor foi de:
- Serviços: saldo de 124,5 mil vagas;
- Comércio: saldo de 47,2 mil vagas;
- Indústria: saldo de 41,5 mil vagas;
- Agricultura: saldo de 34,5 mil vagas;
- Construção: saldo de 30,3 mil.
Todas as regiões tiveram saldo positivo de postos de trabalho. A região Sudeste foi líder e a região Norte teve a maior variação positiva.
- Sudeste (+137.228 postos, +0,64%);
- Nordeste (+52.122 postos, +0,77%);
- Centro-Oeste (+34.263 postos, +0,94%);
- Sul (+31.774 postos, +0,40%);
- Norte (+21.780 postos, +1,10%).
Para o conjunto do território nacional, o salário médio de admissão em junho foi de R$ 1.922,77. Houve uma variação positiva de 0,68% em relação ao mês anterior.
Desemprego em queda no Brasil
Os dados do Caged, que dizem respeito somente ao mercado formal, vêm em linha com os números da Pnad (medida pelo IBGE). A taxa de desemprego na Pnad, que inclui também o mercado informal, vem caindo com a recuperação gradual da economia.
A taxa de desemprego no Brasil ficou em 9,8% no trimestre entre março e maio, a menor desde 2016, com 10,6 milhões de desempregados.
A recuperação têm ocorrido tanto no mercado formal quanto no informal (o mercado de trabalho informal, não medido pelo Caged, responde por 40% das vagas no Brasil).
Mas um dos desafios na recuperação no mercado de trabalho segue sendo a renda: com o desemprego ainda alto, os salários não recuperaram o patamar pré-pandemia, e a inflação também tem corroído a renda real, quando descontado o aumento de preços.
O rendimento médio real medido na Pnad veio 7% abaixo do que era no mesmo período em 2021 — o que indica que as vagas abertas, embora contemplem mais pessoas, estão pagando menos em média.