Passaram-se pouco mais de três anos e sete meses desde que o país ficou atento a um episódio envolvendo Givaldo Alves, um morador de rua, uma mulher em surto psicótico e um personal trainer. O fato ocorrido em Planaltina, em março de 2022, foi registrado em vídeo, divulgado amplamente e tornou-se um dos assuntos mais comentados daquele ano. Hoje, longe das polêmicas e dos holofotes, Givaldo Alves, que foi conhecido como o “mendigo do amor”, Sandra Mara Fernandes e Eduardo Alves levam vidas bastante distintas, algumas mais públicas e outras mais reservadas.
Sandra Mara Fernandes, vítima involuntária do caso que transformou sua vida pessoal, atualmente trabalha como motorista de aplicativo. Reconstruiu sua imagem nas redes sociais, onde conta com cerca de 300 mil seguidores no Instagram. Ela divide seu cotidiano nas ruas do Distrito Federal, dirigindo para plataformas de transporte e compartilhando mensagens sobre empoderamento feminino, recomeço e fé.
Nos seus stories, fala bastante sobre independência e superação. Em um vídeo recente, Sandra afirmou que deseja “ficar sozinha” e que não está à procura de relacionamentos com homens. Ela tenta romper com a controvérsia que marcou sua trajetória.
Separada de Eduardo Alves, Sandra parece ter encontrado nas redes sociais uma nova forma de sustento e expressão. Entre corridas, selfies e publicidade, ela mostra a vida cotidiana de uma mulher comum que tenta seguir em frente depois de tempos difíceis.
Já o personal trainer Eduardo Alves, que ficou conhecido pela cena em que agrediu Givaldo Alves ao flagrar sua esposa no carro com ele, optou por uma vida mais discreta. Com menor atividade nas redes sociais e longe dos holofotes, Eduardo recomeçou junto a outra mulher, colega de trabalho em uma academia. Na época, ele foi indiciado por lesão corporal, conforme as imagens mostraram a agressão, o que gerou grande repercussão e atenção pública, mas que ele prefere deixar para trás.
Entre os três, foi Givaldo Alves quem teve a mudança mais drástica. Ele passou de um anônimo morador de rua a uma figura nacional em poucos dias, aparecendo em diversos programas de TV, podcasts e eventos, chegando a frequentar camarotes famosos no Carnaval do Rio de Janeiro, ser flagrado dirigindo carros caros e ganhar apelidos populares.
No entanto, sua visibilidade foi breve. Logo depois, Givaldo desapareceu das redes sociais e da mídia. Fotos antigas o mostram andando por Ceilândia com uma sacola ao lado de uma mulher, mas desde então não há notícias novas sobre seu paradeiro ou atividades. Antes do episódio de 2022, ele já tinha antecedentes criminais, incluindo uma condenação por sequestro em 2004. Após o ocorrido em Planaltina, chegou a responder processo por difamação pelas declarações dadas em entrevistas. Apesar da tentativa de aproveitar a fama momentânea, Givaldo voltou ao anonimato.
Na noite de 9 de março de 2022, Givaldo Alves foi flagrado dentro do carro de Sandra Mara Fernandes, esposa do personal trainer Eduardo Alves, numa rua de Planaltina. Ao ver a cena, Eduardo reagiu violentamente acreditando que se tratava de um estupro e agrediu Givaldo. As gravações das agressões viralizaram e chocaram o país, envolvendo polícia, psicólogos e o público em debates intensos. Posteriormente, exames atestaram que Sandra estava em surto psicótico devido a transtorno bipolar no momento do incidente.
Givaldo Alves sempre afirmou que o encontro foi consensual, relatando que ela o chamou para entrar no carro e negando qualquer estupro. O caso foi amplamente discutido e ressaltou temas como vulnerabilidade social, saúde mental e os impactos inesperados da fama instantânea.
Hoje, Sandra segue influenciando, Eduardo recomeça sua vida longe dos holofotes e Givaldo desapareceu do cenário público. Essas trajetórias diferentes mostram como a exposição pública pode alterar profundamente a vida das pessoas.
Ao final, o que permanece é a lição de que, uma vez sob os holofotes da internet, nunca mais a vida volta a ser a mesma para quem é exposto, mostrando a dureza do julgamento social e da fama repentina.
