No fim de semana, a Anvisa solicitou mais detalhes sobre a Coronavac, após o envio da documentação inicial
O Instituto Butantan anunciará em entrevista coletiva na terça-feira o dado de eficácia geral da CoronaVac, potencial vacina contra a Covid-19 desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac e testada no Brasil pelo instituto paulista, disse em entrevista à GloboNews o secretário de Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn.
Na quinta-feira, o governador de São Paulo, João Doria, ao lado do presidente do Butantan, Dimas Covas, anunciou em entrevista coletiva que a vacina tinha eficácia de 78% a 100% contra o coronavírus e que a potencial vacina foi 100% eficaz na prevenção de casos graves e moderados de Covid-19.
Na entrevista, Dimas Covas se recusou a divulgar os dados detalhados do estudo clínico em Fase 3 feitos no Brasil com a CoronaVac.
Na entrevista à GloboNews, Gorinchteyn disse que os dados anunciados na quinta são “secundários” e também não divulgou qual a eficácia geral do potencial imunizante. Ele disse que Covas dará uma nova entrevista coletiva na terça-feira para divulgar dados detalhados.
Na sexta, o Butantan ingressou na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) com um pedido de uso emergencial da CoronaVac no país.
Doria: informações foram encaminhadas à Anvisa no sábado e domingo
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou que foram repassadas durante o fim de semana todas as informações complementares requeridas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ao Instituto Butantan para liberação do uso da vacina Coronavac.
Segundo Doria, “chama a atenção” o fato que as informações fornecidas pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), entidade ligada ao Ministério da Saúde e ao governo federal, estavam completas e o relatório de 12 mil páginas do Butantan não.
O governador tucano sustentou que o início da vacinação no Estado de São Paulo está mantido para o dia 25 de janeiro. De acordo com Doria, o prazo de 10 dias para análise pela Anvisa já está em curso.