Na última quinta-feira (4/12), a 3ª Turma Criminal do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) tornou réu o atacante Bruno Henrique, do Flamengo, por estelionato. Ele é acusado de receber um cartão amarelo propositalmente contra o Santos, no Campeonato Brasileiro de 2023, para favorecer apostas ilegais.
Caso seja condenado pelo crime de estelionato, Bruno Henrique pode cumprir pena de até cinco anos de prisão, conforme prevê o artigo 171 do Código Penal, que estabelece reclusão de um a cinco anos e multa para esse crime.
Por decisão unânime, o Tribunal aceitou o recurso do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), abrindo uma ação penal contra o jogador. Inicialmente, a Justiça aceitou apenas parcialmente a denúncia, tornando Bruno Henrique réu só por manipulação de resultado.
Contudo, a denúncia foi integralmente aceita após o recurso da instituição. Em 25 de julho, Bruno Henrique e seu irmão, Wander Nunes Pinto Júnior, tornaram-se réus por fraude em apostas esportivas. A defesa do atleta anunciou que vai recorrer da decisão, manifestando indignação e confiança no Poder Judiciário para corrigir o que consideram um equívoco.
Ao serem acusados, o jogador e seu irmão passaram a responder por manipulação de resultados esportivos, crime que pode acarretar pena de dois a seis anos de prisão, além de multa. A denúncia contra outros investigados foi rejeitada.
No âmbito esportivo, Bruno Henrique foi julgado culpado por forçar a obtenção de um cartão amarelo na partida contra o Santos, em 2023, mas não foi suspenso e deverá pagar uma multa de R$ 100 mil. O Pleno do STJD o inocentou dos artigos 243 e 243-A, concluindo que ele não cometeu a infração com a intenção de favorecer apostas feitas pelo irmão.