Brigitte Bardot, atriz francesa, faleceu aos 91 anos. Reconhecida mundialmente desde os anos 50, ela simbolizava a sensualidade feminina antes de abandonar o cinema e dedicar-se à proteção dos animais. Bardot viveu por um período no Brasil, contribuindo para a fama da praia de Búzios internacionalmente. Recentemente, foi notícia devido a suas opiniões políticas controversas.
Nos anos 50, Bardot tornou-se um fenômeno com 22 anos ao estrelar o filme “E Deus Criou a Mulher”, dirigido por seu então marido, Roger Vadim. Sua carreira no cinema, que durou até os anos 70, foi marcada por sua imagem de jovem mulher marcante e influente.
Na década de 60, ela protagonizou clássicos do cinema francês, incluindo “A Verdade” e “O Desprezo”. Embora os filmes posteriores tenham feito menos sucesso, seu impacto permaneceu forte. Em 1967, começou carreira musical com êxito moderado, colaborando com Serge Gainsbourg em músicas conhecidas até hoje na França.
Bardot era também conhecida por seu estilo livre e por desafiar normas sociais, tanto em público quanto em sua vida pessoal, cultivando relacionamentos com artistas e músicos renomados. Seu espírito de liberdade a tornou um ícone de revolução sexual.
Em 1964, acompanhada do namorado Bob Zagury, Bardot visitou o Brasil, onde ficou impressionada com Búzios, uma pequena vila de pescadores ainda pouco desenvolvida. A atriz viveu por mais de três meses na região, apreciando a simplicidade e a tranquilidade do lugar. Em entrevistas, ela relatou a experiência como mágica, vivendo como Robinson Crusoé, em meio a praias intocadas e natureza selvagem.
Búzios é lembrada como um símbolo de sua passagem pelo Brasil, embora a atriz tenha lamentado as mudanças na região ao longo dos anos.
Após deixar o cinema em 1973, Bardot se dedicou à defesa dos direitos dos animais, criando uma fundação em seu nome e batalhando contra práticas que considerava cruéis, como testes em animais e touradas. Sua militância ganhou reconhecimento, ainda que seus posicionamentos políticos posteriores tenham gerado controvérsia, especialmente por sua proximidade com partidos de direita na França.
Apesar das polêmicas, Brigitte Bardot permanece na memória como uma mulher livre, estrela de sua época e uma das personalidades francesas mais conhecidas mundialmente.

