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sábado, 23/11/2024
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‘BRICS pode formar base de nova ordem mundial’: especialista avalia perspectiva de expansão do bloco

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O grupo dos países do BRICS poderia ser expandido graças a possível integração de vários países da Ásia, África e Américas, incluindo Egito, Indonésia, Irã, Turquia, Argentina ou México, disse à Sputnik Vladimir Nezhdanov, especialista do Instituto de Problemas Internacionais Contemporâneos do Ministério das Relações Exteriores da Rússia.

© Sputnik / Anton Denisov
Ontem (19), o chanceler da China Wang Yi sugeriu durante uma videoconferência entre os ministros das Relações Exteriores do BRICS iniciar o processo de expansão do grupo de economias emergentes atualmente composto por Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul.
“A expansão pode acontecer por meio [da integração] do Egito ou da Indonésia, uma vez que eles têm uma forte capacidade de lidar com ameaças à segurança transfronteiriça e podem trazer novos temas e visões para o grupo”, opina o especialista.
“Irã e Turquia podem ser candidatos a membros do BRICS já que estão ativamente desenvolvendo indústrias de alta tecnologia, e isso também pode ser de interesse para o BRICS. Se olharmos mais amplamente, é possível que Argentina ou México possam ser incluídos”, acrescentou Nezhdanov.
“Países do BRICS podem formar a base de uma nova ordem mundial policêntrica e, a este respeito, a consolidação do grupo e a criação de um consenso mais integrado dos países em desenvolvimento permitem que esta tarefa seja resolvida”, explicou o interlocutor da agência.
Assim como declarou ontem o chanceler chinês Wang Yi, a expansão da organização ajudará a demonstrar a abertura e inclusão do BRICS, respondendo às expetativas dos países em desenvolvimento, e contribuirá para aumentar a representatividade e a influência da associação, bem como para dar uma maior contribuição para manutenção da paz e do desenvolvimento em todo o mundo.A reunião de ontem (19) foi composta por duas partes: na primeira, os chanceleres do BRICS discutiram temas como a recuperação econômica, a estabilidade internacional e o conflito na Ucrânia. Na segunda parte, juntaram-se os chanceleres da Arábia Saudita, Argentina, Cazaquistão, Egito, Emirados Árabes Unidos, Indonésia, Nigéria, Senegal e Tailândia, segundo o Itamaraty.
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