A parceria para a eliminação das doenças socialmente determinadas, iniciada nesta segunda-feira (7) pelos países do Brics, vai ampliar a fabricação de remédios e vacinas nas regiões do Sul Global, conforme declarou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Os integrantes do grupo se encontram no Rio de Janeiro para a 17ª cúpula.
O ministro mencionou parcerias já firmadas com a China e a Índia para produzir insulina humana e medicamentos contra tuberculose.
“Essa iniciativa assegura a segurança e soberania dos países do Brics, especialmente do Brasil. O país retomou a produção de insulina humana, algo que havia sido interrompido”, afirmou Padilha.
Além de fortalecer a capacidade de fabricar insumos médicos e reduzir a dependência externa, essa colaboração demonstra a posição política do Brics diante de recentes atitudes de países como os Estados Unidos.
Padilha destacou: ” Estamos enfrentando um período em que líderes criticam a Organização Mundial da Saúde, cortam seu financiamento, promovem campanhas contra vacinas e abandonam grupos internacionais produtores de vacinas. O Brics contrapõe essas ações, reafirmando que saúde e vida são prioridades.”
O ministro também ressaltou que o Brasil submeteu ao Novo Banco de Desenvolvimento (NDB) do Brics um projeto de R$ 1,5 bilhão para criar um instituto tecnológico focado em medicina inteligente, em parceria com a China.
O plano inclui a construção de um hospital equipado com essa tecnologia de ponta, com o objetivo de expandir seu uso em unidades de terapia intensiva por todo o país.