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terça-feira, 11/11/2025




Braskem não planeja vender ativos para reestruturação

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A Braskem não pretende vender nenhum de seus ativos e está buscando outras formas de ajustar sua estrutura financeira, conforme informado pelo presidente-executivo da empresa, Roberto Ramos, nesta terça-feira (11).

Roberto Ramos declarou que não há planos atuais para a venda de ativos e ressaltou que vender ativos significa trocar dinheiro disponível agora por ganhos futuros, o que só é vantajoso em condições muito favoráveis.

A companhia contratou, em setembro, assessores financeiros para ajudar a melhorar sua estrutura de capital, a qual tem enfrentado desafios devido a um período prolongado de baixa na indústria petroquímica global, caracterizado pelo excesso de oferta e queda nos preços.

Roberto Ramos destacou que as soluções para reestruturação não necessariamente envolvem a venda de ativos e que estão avaliando várias alternativas para equilibrar o capital próprio e de terceiros.

Alta nas ações

As ações da Braskem tiveram forte valorização, liderando a alta do Ibovespa cerca de 14%, estimuladas por expectativas relacionadas à participação da Novonor na empresa, assunto de especulações há anos, embora a Braskem não esteja envolvida nessas negociações.

O diretor financeiro, Felipe Jens, informou que, embora a contratação de assessores em setembro esteja em andamento, ainda não há decisão final sobre o processo de reestruturação.

Em outubro, a empresa utilizou uma linha de crédito standby no valor de US$ 1 bilhão como medida preventiva para fortalecer seu capital, estratégia semelhante à adotada durante a pandemia, buscando manter mais recursos disponíveis devido às incertezas do mercado.

A expectativa é que o difícil cenário da indústria petroquímica global persista por algum tempo.

Enquanto as discussões sobre a reestruturação financeira avançam, a empresa continua implementando melhorias operacionais, incluindo o uso de matérias-primas mais econômicas que o nafta.

Roberto Ramos comentou que a Braskem está utilizando propano importado da Argentina em um dos fornos de sua unidade no Rio Grande do Sul, com resultados superiores ao esperado quanto à eficiência do insumo.

A empresa ainda avalia o uso alternado das matérias-primas conforme o preço da nafta varia no mercado.

Sobre a operação conjunta com a mexicana Idesa, Felipe Jens destacou que também estão contratando assessores para reduzir a alavancagem da operação, atualmente em um nível elevado devido à parada para manutenção da planta.

Roberto Ramos afirmou que a Pemex está fornecendo menos matéria-prima do que o esperado, mas que a empresa está complementando com gás de importação e que a Braskem Idesa já opera acima da capacidade máxima.

A expectativa é que a produção e o EBITDA cresçam nos próximos meses e que a alavancagem diminua gradualmente.

Em Alagoas, a Braskem firmou um acordo para encerrar uma ação judicial relacionada ao afundamento do solo em Maceió. Para isso, uma unidade produtora de PVC foi temporariamente desativada, e a empresa passará a importar EDC de uma fornecedora norte-americana para continuar a produção de PVC.




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