LEONARDO VOLPATO
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)
Muitos brasileiros têm comentado nas redes sociais do presidente da Indonésia, Prabowo Subianto, e da Agência Nacional de Busca e Resgate do país, expressando indignação pelo que ocorreu com Juliana Marins, que foi declarada morta na última terça-feira (24) após cair próximo a um vulcão.
Alguns mencionam uma possível negligência das autoridades na condução do caso. “Juliana despencou a 300 metros e estava viva! Vocês a deixaram sem socorro por quatro dias”, publicou uma seguidora.
“Quatro dias. Uma negligência inaceitável por parte das autoridades da Indonésia. O Brasil enfrenta muitos desafios, mas nunca veríamos tamanho descaso com uma vida humana”, comentou outra pessoa.
“Essa trilha não deveria permitir acesso. Não há estrutura adequada para resgate. Isso é inadmissível”, acrescentou mais uma brasileira. “Como brasileira, venho aqui respeitando o povo indonésio, mas também com um coração apertado e uma indignação difícil de calar. Juliana era uma jovem cheia de vida, que confiou sua segurança a um guia e a uma estrutura turística que lamentavelmente falhou”, postou outra internauta.
O corpo de Juliana Marins foi removido do local da queda após uma operação que durou mais de sete horas.
A morte de Juliana Marins ocorre poucas semanas antes da visita do presidente da Indonésia ao Brasil para a cúpula do grupo Brics e para uma visita bilateral. Contudo, esse episódio criou um revés na relação entre Indonésia e Brasil.
O país foi oficialmente incluído, em janeiro deste ano pelo governo brasileiro, como membro pleno do grupo Brics, que inclui China, Rússia e outros.
Depois da fatalidade, o tom da administração Lula (PT) mudou, com declarações afirmando que foi solicitada a atuação do governo indonésio no resgate “no mais alto nível”, uma provável referência ao presidente Prabowo Subianto.