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Foto: Reprodução/GloboNews
Goiano estava entre 111 brasileiros que chegaram em um voo de deportados na noite de sexta-feira, 7
O goiano César Diego Justino beijou o chão do Aeroporto Internacional de Belo Horizonte/Cofins ao desembarcar vindo dos Estados Unidos, na noite desta sexta-feira, 7. Ele faz parte do grupo de 111 brasileiros que chegaram no segundo voo de deportados desde a posse de Donald Trump.
A cena foi capturada por emissoras de televisão que estavam no local. À Globo, César Diego disse não aconselhar a ninguém tentar imigar de forma ilegal. Ele estava há quatro meses no país. “Eu cheguei lá, me entreguei às autoridades para fazer o praxe, tudo certinho. Mas não deu certo”, disse.
“Eu não saio do Brasil mais. Nós somos ricos e não sabemos, de verdade. A riqueza nossa está aqui no Brasil”, completou.
O voo que chegou a Cofins contava com 88 passageiros, tendo o restante ficado em Fortaleza (CE). Os 111 brasileiros saíram da cidade norte-americana de Alexandria, no Estado da Luisiana, e fizeram uma escala técnica em Porto Rico, antes de chegar ao Brasil e pousar em Fortaleza por volta das 16h. Depois, o restante chegou em Cofins por volta das 21h20.
Pouco depois do desembarque em solo brasileiro, a secretária Socorro França, dos Direitos Humanos do Ceará, afirmou que os extraditados viajaram algemados e quase sem alimentos.
“Estavam com fome, não comeram. Só comeram depois que desembarcaram. Total [reclamaram de maus-tratos] Recebemos com muita emoção. Estavam acorrentados, com algemas. Mas vieram muito machucados emocionalmente. O relato de todos eles é de que sofreram muitos. Preso, quase sem alimentos”, disse em conversa com os jornalistas.
Para descer do avião, a secretária destacou que as algemas foram retiradas dos brasileiros deportados. Após o desembarque, eles receberam atendimento médico, alimentos e água.
Tanto para a recepção em Fortaleza quanto em Belo Horizonte, o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) preparou uma ação conjunta com outros ministérios, além da Polícia Federal e a Organização Internacional para as Migrações (OIM), para recepcionar os brasileiros.
Esse foi o segundo voo de repatriados brasileiros dos Estados Unidos desde a posse de Donald Trump, em janeiro, e o terceiro do ano. Anteriormente, outra aeronave pousou no Brasil no dia 10, antes da eleição do presidente norte-americano, com 114 brasileiros.