Francisco Lima Neto
São Paulo, SP (Folhapress)
A irmã da brasileira Juliana Marins, 26 anos, que desapareceu na Indonésia após cair em área de difícil acesso na última sexta-feira (20) enquanto fazia uma caminhada rumo ao vulcão Rinjani, comunicou que ela foi novamente localizada e que as equipes estão tentando realizar o resgate.
“Recebemos a confirmação de que o grupo de resgate conseguiu encontrar a Juliana mais uma vez e neste instante está descendo até o ponto onde ela foi vista. O ambiente montanhoso é extremamente rigoroso, com diversos obstáculos naturais que impedem o acesso por helicópteros e drones”, declarou Mariana Marins em um post no perfil no Instagram dedicado às informações sobre a brasileira.
Segundo ela, dois guias experientes, reconhecidos na região, estão se dirigindo ao local onde a Juliana foi vista, equipados para o resgate.
“Ainda não temos certeza se será possível continuar o resgate após a chegada deles, mas sabemos que há reforços qualificados chegando para trabalhar com a equipe que já está no local”, afirmou.
O Itamaraty informou, no domingo à noite (22), que solicitou ao governo da Indonésia o reforço nas buscas. A solicitação foi feita pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, em nome do governo brasileiro.
De acordo com o Itamaraty, equipes da Agência de Busca e Salvamento da Indonésia participaram do terceiro dia de buscas no vulcão Rinjani, que tem 3.726 metros de altitude e está localizado na ilha de Lombok, a 1.200 km de Jacarta.
Nas primeiras horas da segunda-feira (23) no Brasil, por volta das 16h na Indonésia, a irmã de Juliana afirmou que o resgate foi interrompido mais uma vez devido às condições climáticas adversas.
“Após um dia inteiro de esforço, avançaram somente 250 metros descendo. Faltavam apenas 350 metros para alcançar a Juliana e precisaram recuar”, relatou Mariana Marins. “Precisamos de apoio urgente para que o resgate chegue até a Juliana.”
“Desde que a família da turista acionou as autoridades, a embaixada do Brasil em Jacarta mobilizou as autoridades locais em alto nível, o que facilitou o envio das equipes para a área do vulcão”, informou nota do Itamaraty.
A embaixada do Brasil em Jacarta recebe atualizações constantes das autoridades locais sobre as operações de busca.
Dois representantes da embaixada irão até o local para acompanhar o resgate de perto.
No domingo, a primeira-dama Rosângela Lula da Silva, conhecida como Janja, comentou no Instagram que está acompanhando o caso com preocupação. Ela também conversou com o ministro das Relações Exteriores para obter mais informações.
“Durante o dia, o ministro continuou empenhado em ajudar em tudo que for possível para que o resgate aconteça rapidamente e que a Juliana retorne ao Brasil o quanto antes”, disse Janja.
A trilha que a publicitária fazia é uma das mais conhecidas da Indonésia. O percurso até o topo do vulcão pode durar até quatro dias, conforme informações do Parque Nacional do Monte Rinjani e agências locais de montanhismo.
Juliana iniciou a caminhada na sexta-feira (20) e planejava completar a subida até o domingo.