Com o anúncio do término do conflito na Faixa de Gaza na quinta-feira (9/10), o ambiente em Israel está repleto de comemoração e alegria. A brasileira Eliane Frenkiel, que reside em Tel Aviv há quase 18 anos, compartilhou seu relato.
“Aqui, todos estão muito contentes e esperançosos”, afirmou Eliane ao Metrópoles. “Nós teremos o retorno dos reféns para casa, seja para o reencontro com suas famílias ou para oferecer uma despedida digna aos que perderam a vida durante o cativeiro.”
Segundo Eliane, a Praça dos Reféns, localizada no centro de Tel Aviv, tornou-se um local de celebração. Antes, o espaço era cenário de frequentes protestos de israelenses que exigiam do governo de Benjamin Netanyahu a busca pela paz em Gaza e a libertação dos sequestrados pelo Hamas.
O fim do conflito na Faixa de Gaza representa também uma esperança para Eliane. Ela é uma das pessoas impactadas pelos efeitos da crise no enclave palestino, relacionada ao conflito de 12 dias entre Israel e o Irã, provocado pela tensão entre os dois países devido ao apoio iraniano ao Hamas.
Em 13 de junho, o prédio onde Eliane morava com seu filho foi alvo de bombardeio iraniano, uma retaliação ao ataque israelense em solo iraniano que desencadeou o confronto de 12 dias entre as nações.
Desde então, Eliane tem buscado reconstruir sua vida em Israel, residindo atualmente na casa de amigos em Tel Aviv, após passar meses em um hotel na capital com auxílio do governo israelense.
Fim do conflito em Gaza
Em 29 de setembro, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, apresentou um plano para pôr fim ao conflito na Faixa de Gaza. O acordo teve o aval de Israel e do Hamas, que iniciaram negociações mediadas pelo Catar, Egito e Turquia sobre os termos da proposta.
Na quarta-feira (8/10), as partes entraram em acordo e assinaram a primeira etapa do plano de paz. Está previsto que reféns israelenses sejam libertados em troca da soltura de prisioneiros palestinos. Além disso, as forças israelenses começarão a se retirar gradualmente de Gaza, permitindo um aumento no fluxo de ajuda humanitária para a região.
Khalil al-Hayya, chefe da delegação do Hamas nas negociações, informou que o fim das hostilidades foi acertado durante os encontros no Egito. Os Estados Unidos, Catar, Egito e Turquia garantiram que o plano será cumprido por Israel, dissipando receios de um novo rompimento do cessar-fogo que ocorreu no início do ano.