17.5 C
Brasília
sexta-feira, 01/08/2025

Brasil tem aumento da dívida pública e chega a 76,6% do PIB em junho

Brasília
céu limpo
17.5 ° C
18.7 °
17.5 °
77 %
3.1kmh
0 %
sex
27 °
sáb
27 °
dom
26 °
seg
27 °
ter
28 °

Em Brasília

NATHALIA GARCIA
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS)

A dívida total do Brasil subiu para 76,6% do Produto Interno Bruto (PIB) em junho, alcançando um montante de R$ 9,4 trilhões. Isso representa um aumento de 0,5 ponto percentual comparado ao mês anterior, conforme dados divulgados pelo Banco Central nesta quinta-feira (31).

Essa dívida engloba o governo federal, o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e os governos estaduais e municipais, sendo um dos principais indicadores que investidores observam para avaliar a situação financeira do país.

O percentual em relação ao PIB é usado para entender se a dívida do governo é sustentável ao longo do tempo. Atualmente, o crescimento dessa dívida preocupa o mercado financeiro.

O aumento da taxa de juros agrava ainda mais o endividamento da União. Segundo o Banco Central, cada aumento de um ponto percentual na taxa básica de juros (Selic), se mantida por um ano, eleva a dívida em R$ 52,4 bilhões, equivalente a 0,43 ponto percentual do PIB.

Na quarta-feira (30), o Copom (Comitê de Política Monetária) decidiu manter a taxa básica de juros em 15% ao ano, interrompendo a série de aumentos e mantendo a taxa no seu nível mais alto em 19 anos.

De acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), a dívida brasileira atingiu 89,9% do PIB em junho, acima dos 88,4% do mês anterior. Essa diferença ocorre porque o FMI inclui em sua conta toda a dívida mobiliária do Tesouro Nacional mantida pelo Banco Central, enquanto a autoridade monetária usa outra metodologia que desconsidera esses valores e incorpora operações compromissadas.

A dívida líquida, que é o total da dívida descontando os ativos do governo, também cresceu, chegando a 62,9% do PIB em junho, cerca de R$ 7,7 trilhões, um aumento de 0,9 ponto percentual no mês.

Além disso, o setor público consolidado registrou um déficit primário de R$ 47,1 bilhões em junho, maior que o déficit de R$ 40,9 bilhões registrado no mesmo mês do ano anterior.

Esse resultado negativo inclui o governo central (Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social), os governos estaduais e municipais e as estatais.

O déficit foi registrado em todas as esferas: R$ 43,5 bilhões no governo central, R$ 2,6 bilhões nas empresas estatais e R$ 954 milhões nos governos estaduais e municipais.

Nos últimos 12 meses, o setor público consolidado teve um superávit primário de R$ 17,9 bilhões, que representa 0,15% do PIB.

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) busca alcançar um déficit fiscal zero, mas permite um limite de até R$ 31 bilhões de resultado negativo.

Veja Também