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quarta-feira, 10/09/2025

Brasil pode liderar discussão sobre menor produção de plástico

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Debate na Câmara dos Deputados destaca papel do Brasil na redução da poluição plástica

Durante uma audiência pública realizada na Câmara dos Deputados, especialistas discutiram a possibilidade de o Brasil assumir um papel de liderança nas negociações internacionais sobre a redução da produção de plástico, especialmente com a realização da COP30 no país.

O evento ocorreu após encontros realizados em Genebra para discutir um tratado global sobre o tema e contou com o apoio da Comissão de Legislação Participativa e da Frente Parlamentar Mista em Apoio aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

Erika Kokay (PT-DF), autora do pedido para a audiência, ressaltou que a poluição causada pelos plásticos é uma das grandes ameaças ambientais, afetando ecossistemas tanto terrestres quanto marinhos.

Divergências internacionais

Entre os pontos de conflito nas negociações estão o financiamento das ações, a definição de responsabilidades e o ciclo de vida completo dos plásticos. Segundo relatos, há uma divisão significativa entre países produtores de petróleo e aqueles mais vulneráveis à poluição causada por plásticos.

Adalberto Felício Maluf, representante do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, salientou a necessidade de um acordo global para mitigar os impactos dos plásticos no meio ambiente e na saúde humana. Ele destacou que mundialmente 38% dos resíduos são gerenciados de forma inadequada e que o Brasil tem focado em investir na economia circular inclusiva, promovendo o fechamento dos lixões e a inclusão socioeconômica dos catadores, que realizam 90% da reciclagem no país. Maluf lamentou que ainda são desperdiçados cerca de R$ 38 bilhões em materiais recicláveis.

Impactos na saúde

Juliana, representante da ACT Promoção da Saúde, organização que atua em defesa de políticas públicas há 18 anos, alertou que manter o atual ritmo de produção plástica agravará a crise climática e trará consequências para a saúde humana. Ela destacou que, mesmo com esforços de reciclagem e logística reversa, a produção crescente de plástico contribuirá para uma crise sanitária, devido aos efeitos dos micro e nanoplásticos absorvidos pelo organismo.

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