O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reiterou nesta terça-feira (26/8) suas críticas à política do governo dos Estados Unidos, liderado por Donald Trump. De acordo com Lula, o Brasil não aceitará ser visto como país inferior por outras nações.
“Estamos prontos para dialogar em igualdade. O que não aceitamos é sermos tratados como inferiores. Isso não aceitamos de ninguém. Nosso compromisso é com o povo brasileiro”, enfatizou o presidente.
O pronunciamento foi feito na abertura da segunda reunião ministerial do ano, realizada no Palácio do Planalto, onde Lula se reuniu com ministros para avaliar a gestão e planejar ações para 2026, ano das eleições. A maioria dos ministros usava um boné azul com a frase “O Brasil é dos Brasileiros”.
Quanto às negociações sobre o aumento das tarifas impostas pelos Estados Unidos aos produtos brasileiros, o presidente afirmou que o vice-presidente Geraldo Alckmin e os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e das Relações Exteriores, Mauro Vieira, estão disponíveis 24 horas por dia para negociar qualquer questão, especialmente na área comercial.
“O governo dos Estados Unidos tem agido como se fosse o imperador do planeta Terra. Somos um país soberano, com Constituição e leis próprias. Quem quiser operar em nosso território, espaço aéreo, marítimo e florestal deve respeitar nossa legislação”, declarou Lula.
O presidente também comentou sobre o possível fim do conflito na Ucrânia, a guerra entre Israel e Hamas, e criticou duramente a família do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), especialmente seu filho 03, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
“O que vemos hoje com a família do ex-presidente e o comportamento do filho dele nos Estados Unidos é, talvez, uma das maiores traições que uma pátria pode sofrer de seus próprios filhos”, afirmou.
O encontro ocorreu em momento de crescimento da popularidade de Lula e teve como pauta a discussão sobre as tarifas aplicadas pelos Estados Unidos, a regulamentação das grandes empresas de tecnologia, proposta de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, entre outros temas.