O Brasil criou 85.864 novos empregos formais, ou seja, com carteira assinada, durante o mês de novembro, conforme dados atualizados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta terça-feira (30/12) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
O saldo positivo de novembro resulta de 1.979.902 contratações contra 1.894.038 desligamentos. Do total, 68,9% foram empregos tradicionais, e 31,1% empregos temporários, com destaque para trabalhadores intermitentes (+13.481) e temporários (+18.088).
No acumulado do ano, de janeiro a novembro, foram criados 1.339.878 empregos formais, número inferior ao registrado no mesmo período do ano anterior (1.781.293).
Durante o mês de novembro, apenas dois dos cinco principais setores econômicos apresentaram números positivos: serviços e comércio, com 0,3% e 0,7%, respectivamente.
Variação por setor econômico
- Serviços, com a criação de 75.131 vagas, impulsionados pelos setores de informação, comunicação e atividades financeiras;
- Comércio, com 78.249 novas vagas, puxado pelo comércio varejista;
- Construção civil, com saldo negativo de 23.804 vagas;
- Agropecuária, com queda de 16.556 vagas;
- Indústria, com redução de 27.135 vagas.
Dados sobre grupos populacionais
Em novembro, as mulheres tiveram um saldo maior na criação de vagas de emprego, com 93.087 postos, enquanto os homens tiveram incremento de 7.223 postos.
Jovens entre 18 e 24 anos e adolescentes até 17 anos também experimentaram crescimento nos empregos, com 79.567 e 20.752 postos criados, respectivamente.
Crescimento por unidades da federação
Vinte unidades da federação registraram crescimento em novembro, com destaque para São Paulo, Rio de Janeiro e Pernambuco.
As unidades federativas com maiores saldos foram:
- São Paulo, com 31.104 vagas a mais, aumento de 0,2%;
- Rio de Janeiro, com 19.961 vagas, alta de 0,5%;
- Pernambuco, com 8.996 vagas, crescimento de 0,5%.
As unidades com os menores saldos foram:
- Minas Gerais, com 8.740 vagas a menos, queda de 0,1%;
- Goiás, com 8.413 vagas a menos, retração de 0,5%;
- Mato Grosso, com 5.802 vagas a menos, diminuição de 0,5%.
Salário médio
O salário médio real em novembro atingiu R$ 2.310,78, apresentando um aumento de R$ 5,78 (0,3%) em relação a outubro de 2025, cujo valor foi R$ 2.305,00. Na comparação anual, houve crescimento real de R$ 67,95 (3,03%).
Para os trabalhadores em empregos tradicionais, o salário médio foi de R$ 2.355,56, valor 1,9% superior à média geral, enquanto para os trabalhadores não tradicionais, o salário médio ficou em R$ 1.991,42, 13,8% abaixo da média.

