O Brasil registrou a criação de 85.147 novos empregos formais, ou seja, com carteira assinada, em outubro, de acordo com os dados recentes do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Este número representa o menor crescimento desde março de 2025, quando foram criadas 79 mil vagas, sendo também o menor para o mês de outubro desde 2020. O saldo positivo de outubro resulta de 2.271.460 admissões contra 2.185.313 desligamentos.
Do total de vagas geradas, 67,7% são empregos típicos, enquanto 32,3% são empregos não típicos, com destaque para trabalhadores intermitentes (+15.056) e aqueles com jornada de até 30 horas semanais (+10.693).
No acumulado do ano, de janeiro a outubro, foram criadas 1.800.650 vagas formais, valor 15,3% inferior ao registrado no mesmo período de 2024, que foi de 2.126.843.
Dos cinco grandes grupos econômicos, apenas os setores de serviços e comércio apresentaram saldos positivos em outubro, com crescimentos de 0,3% e 0,2%, respectivamente.
Segundo o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, o aumento da taxa de juros tem freado o ritmo de crescimento econômico, reduzindo os investimentos, o que explica a desaceleração na geração de empregos.
A seguir, a variação por setor:
- Serviços: acréscimo de 82.436 vagas, impulsionado por informação, comunicação e atividades financeiras;
- Comércio: aumento de 25.592 vagas, puxado pelo varejo;
- Construção civil: redução de 2.875 vagas;
- Agropecuária: perda de 9.917 vagas;
- Indústria: diminuição de 10.092 vagas.
No que se refere aos grupos populacionais, o saldo positivo foi maior para as mulheres, com a criação de 65.913 vagas, contra 19.234 para os homens. Os jovens entre 18 e 24 anos e os adolescentes até 17 anos tiveram aumentos significativos, com 80.365 e 23.586 vagas geradas, respectivamente.
Houve crescimento em 21 unidades federativas no mês, com destaque para São Paulo, Distrito Federal e Pernambuco, enquanto Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso apresentaram saldos negativos.
O salário médio real em outubro alcançou R$ 2.304,31, representando um aumento de R$ 17,28 (0,8%) em comparação a setembro de 2025, quando o valor foi de R$ 2.287,02. Em relação a outubro do ano anterior, o aumento real foi de R$ 54,45 (2,4%).
Para empregados típicos, o salário médio ficou em R$ 2.348,20, 1,9% superior à média geral, enquanto para os empregados não típicos, o salário médio foi de R$ 1.974,07, 14,7% abaixo da média.
