O governo do Brasil, junto com 15 outras nações, divulgou uma nota preocupada com a segurança da Flotilha Global Sumud, uma frota de embarcações que seguiu para Gaza com o objetivo de estabelecer um corredor humanitário e romper o bloqueio israelense à ajuda na região. Nos últimos dias, os barcos da flotilha foram alvo de ataques.
Além do Brasil, os ministros das Relações Exteriores da África do Sul, Bangladesh, Catar, Colômbia, Eslovênia, Espanha, Indonésia, Irlanda, Líbia, Malásia, Maldivas, México, Omã, Paquistão e Turquia participaram do comunicado. Estes países têm cidadãos a bordo, inclusive o brasileiro Thiago Ávila.
A declaração afirma que a flotilha informou sua intenção de levar ajuda humanitária à Faixa de Gaza e aumentar a conscientização sobre as necessidades do povo palestino, objetivos que também são apoiados pelos governos envolvidos.
O comunicado ainda reforça que qualquer desrespeito ao direito internacional e aos direitos humanos dos participantes resultará em responsabilização.
Trecho do comunicado:
“Pedimos que todos evitem ações ilegais ou violentas contra a Flotilha, respeitando o direito internacional e humanitário. Destacamos que qualquer violação, incluindo ataques aos barcos em águas internacionais ou detenções ilegais, levará a consequências legais.”
A flotilha saiu de Barcelona, Espanha, em 31 de agosto. São ao todo 88 barcos, vindos de 44 países, tentando levar auxílio para a população palestina.
Em junho deste ano, uma expedição semelhante tentou alcançar Gaza, mas foi interceptada pelo exército israelense, que impediu a chegada do grupo e enviou os participantes de volta para seus países de origem.