O Brasil e a Nigéria manifestaram nesta terça-feira (24) o interesse em expandir e diversificar suas relações comerciais bilaterais, bem como aumentar os investimentos entre suas economias.
O anúncio foi feito em Abuja, capital política e administrativa da Nigéria, pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, e pelo presidente nigeriano, Bola Tinubu, durante a 2ª Sessão do Mecanismo de Diálogo Brasil-Nigéria.
O volume de comércio entre os dois países alcançou US$ 2 bilhões em 2024, representando um quinto do valor registrado em 2014. O Brasil exporta principalmente açúcares e melaços para a Nigéria, importando fertilizantes e adubos, aproveitando a capacidade da nação africana como produtora de petróleo, matéria-prima fundamental para a indústria desses insumos. Além das trocas comerciais, as autoridades discutiram formas de fortalecer a colaboração em setores como agricultura, mineração, energia e cultura.
Na abertura do encontro, Geraldo Alckmin destacou que “Brasil e Nigéria têm desenvolvido uma parceria baseada na amizade, no respeito mútuo e em uma crescente integração política e econômica. Este encontro representa não apenas a reabertura de um canal essencial de diálogo, mas também um renovado compromisso com os laços culturais que unem as duas margens do Atlântico”.
Segundo comunicado do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), o vice-presidente ressaltou que “a quantidade de acordos firmados e a diversidade setorial das nossas delegações mostram o potencial para aprofundar e diversificar a cooperação bilateral”.
Nesta quarta-feira (25), Geraldo Alckmin participará do Fórum Empresarial Brasil-Nigéria, promovido pela ApexBrasil e pelo Itamaraty, com a presença de empresários de ambos os países.
De acordo com o MDIC, “a Nigéria está atualmente na posição de 49º maior destino das exportações brasileiras. Em 2024, o Brasil exportou US$ 978,5 milhões para a Nigéria, com destaque para açúcares e melaços. As importações brasileiras oriundas da Nigéria somaram US$ 1,1 bilhão, dos quais quase metade (48%) foi composta por adubos e fertilizantes químicos”.