São Paulo, 06 – A ligação entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (Brasil) e Donald Trump (EUA) era esperada e representa uma movimentação planejada. Essa é a opinião de José Velloso, presidente executivo da Abimaq, que representa a indústria de máquinas e equipamentos, um dos setores afetados pelas tarifas elevadas impostas por Trump.
José Velloso acredita que a lista de produtos isentos das tarifas elevadas pode crescer. Até agora, os EUA têm negociado exceto com economias prioritárias, com as quais possuem maiores déficits comerciais, e agora estão dando atenção ao Brasil.
Ele destaca: “Agora é a vez do Brasil. Creio que o número de exceções vai aumentar, especialmente aquelas que interessam aos empresários americanos. Alguns produtos que tinham tarifas de 50% podem passar para 10%”.
Além disso, Velloso acredita que no próximo ano Brasil e EUA podem avançar rumo a um acordo comercial mais abrangente, o que pode melhorar a situação comercial entre os dois países em relação às tarifas atuais.
Ele ressalta que o Brasil é peça fundamental na estratégia dos EUA na América Latina e que o governo americano tem sofrido influência de doadores de campanha e de grandes empresas que têm negócios no Brasil.
Esses interesses econômicos estão começando a superar as questões políticas que levaram Donald Trump a impor as tarifas altas contra o Brasil.
Estadão Conteúdo