Tatiana Rosito, secretária de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, anunciou que Brasil e China estão ampliando o uso das moedas locais em suas negociações. A intenção é reduzir custos e minimizar os riscos relacionados às variações cambiais.
Desde o dia 16, Tatiana Rosito está recebendo uma delegação chinesa, incluindo o vice-ministro de Finanças da China, Liao Min. Nesta quarta-feira, ela participou de uma reunião da subcomissão econômico-financeira Brasil-China, parte da Cosban, comissão dedicada a fortalecer a parceria entre os dois países.
A reunião, realizada na sede da Apex, não foi aberta à imprensa, exceto na sua abertura, quando Tatiana Rosito destacou os avanços concretos da subcomissão, como a aprovação de US$ 2,8 bilhões para projetos ambientais este ano pelo Fundo de Cooperação Brasil-China, reativado em 2024.
Além disso, a integração dos mercados financeiros avançou em maio com a listagem no Brasil de fundos chineses negociados em bolsa (ETFs). Essa cooperação financeira se expandirá com a listagem futura de ETFs brasileiros na China.
Tatiana Rosito também informou que os bancos de desenvolvimento dos dois países estão buscando projetos e mecanismos para aumentar o financiamento de longo prazo. O aumento do uso das moedas locais nas transações comerciais e financeiras entre Brasil e China está na agenda conjunta para facilitar os negócios e reduzir riscos cambiais.
A delegação chinesa inclui representantes do Ministério das Relações Exteriores, da Administração Nacional de Regulação Financeira, da Comissão de Regulação de Valores Mobiliários da China, do Banco de Desenvolvimento da China (CDB) e do Banco de Importação e Exportação da China (Cexim).
Pelo lado brasileiro, Tatiana Rosito lidera uma equipe com membros dos Ministérios das Relações Exteriores, Agricultura e Pecuária, e Casa Civil, além de representantes do Ipea, Susep, CVM e BNDES.