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sexta-feira, 07/11/2025




Brasil arrecada 2,25 bilhões de dólares com títulos internacionais

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Em Brasília

O Tesouro Nacional divulgou na quinta-feira (5) os resultados da terceira emissão de títulos sustentáveis do Brasil no mercado internacional. A operação nos Estados Unidos levantou US$ 2,25 bilhões, com a criação de um título com vencimento em sete anos — o Global 2033 Sustentável — e a expansão do título Global 2035.

O Global 2033 Sustentável, que vence em 4 de fevereiro de 2033, foi emitido por US$ 1,5 bilhão, oferecendo uma taxa de juros anual de 5,75%. Além disso, o título paga um cupom semestral de 5,5%, em fevereiro e agosto.

Este título, voltado para financiar projetos sociais e ambientais, teve um spread de 187,4 pontos-base (1,874%) acima do título do Tesouro dos EUA. Segundo o Tesouro, essa taxa de risco é historicamente baixa, refletindo a confiança do mercado internacional na estabilidade fiscal do país.

Os recursos obtidos serão usados em despesas qualificadas nas áreas ambiental e social, conforme o Arcabouço Brasileiro para Títulos Sustentáveis. O Relatório Pré-Emissão de agosto de 2025 indica que entre 50% a 60% dos recursos se destinam a gastos ambientais e de 40% a 50% a gastos sociais, garantindo transparência na aplicação.

Emissões anteriores em 2023 e 2024 haviam captado US$ 2 bilhões em cada oportunidade para apoiar projetos similares.

Global 2035

Além do novo título, o governo aumentou o volume do Global 2035 em US$ 750 milhões, lançado em fevereiro deste ano. Agora, este título soma US$ 4,5 bilhões em circulação, com vencimento em 15 de março de 2035, pagando juros de 6,2% ao ano e spread de 210,9 pontos-base acima dos títulos de dez anos do Tesouro dos EUA.

Demanda

Essa emissão teve uma demanda três vezes maior que a oferta, com o livro de ordens atingindo cerca de US$ 6,7 bilhões. Contou com a participação de mais de 150 investidores, sendo que 74% da alocação final ficou com investidores da Europa e América do Norte, incluindo fundos focados em critérios ambientais, sociais e de governança (ESG).

O Tesouro destacou que essa nova emissão fortalece a participação da dívida externa na diversificação dos investidores e na extensão do prazo médio da dívida pública federal, além de ajudar a criar referências para futuras emissões corporativas brasileiras no exterior.

A operação foi organizada pelos bancos Citibank, Deutsche Bank e Goldman Sachs, e o dinheiro estará disponível nas reservas internacionais do Brasil a partir de 14 de novembro.

Informações da Agência Brasil




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