21.5 C
Brasília
segunda-feira, 10/11/2025




Brasil alcança nova marca na produção de grãos 2024/2025

Brasília
céu limpo
21.5 ° C
21.5 °
20 °
99 %
1kmh
0 %
seg
29 °
ter
25 °
qua
29 °
qui
29 °
sex
24 °

Em Brasília

ANDRÉ BORGES
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS)

A produção de grãos no Brasil atingiu o maior volume da história, chegando a 350,2 milhões de toneladas no ciclo 2024/2025. Esse número é maior que o registrado na safra 2022/2023, quando a colheita totalizou 324,36 milhões de toneladas.

A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), órgão ligado ao Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, divulgou esses dados nesta quinta-feira (11). A Conab é responsável pelas políticas de agricultura e alimentação do país.

O anúncio ocorreu em evento em Brasília com a presença do vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin, além dos ministros Carlos Fávaro e Paulo Teixeira e o presidente da Conab, Edegar Preto.

Carlos Fávaro destacou que os últimos três anos foram recordes no Plano Safra e nas exportações. Ele afirmou que o Brasil superou a fome e tem hoje queda nos preços dos alimentos.

A safra de soja atingiu o recorde de 171,5 milhões de toneladas, 20,2 milhões a mais que o ano anterior. Goiás teve a maior produtividade, enquanto o Rio Grande do Sul registrou a menor, devido ao clima irregular.

O ciclo agrícola abrange dois anos, pois o plantio ocorre em 2024 e a colheita em 2025. A soja plantada no final de 2024 será colhida no início de 2025.

O milho também teve produtividade histórica, com uma média de 6.391 quilos por hectare, o que deve resultar em 139,7 milhões de toneladas, um aumento de 20,9% em relação ao ano anterior.

A produção de algodão está estimada em 4,1 milhões de toneladas, o que representa um crescimento de 9,7% em relação à safra passada, graças à ampliação da área plantada e ao clima favorável.

O arroz, que já foi colhido, alcançou 12,8 milhões de toneladas, alta de 20,6%, a quarta maior produção já registrada. Esse aumento é devido à expansão da área plantada e às condições climáticas positivas, especialmente no Rio Grande do Sul.

A produção de feijão deve ficar em torno de 3,1 milhões de toneladas, garantindo o abastecimento interno do país.

Por outro lado, o trigo teve uma redução na área plantada, totalizando 2,4 milhões de hectares, mas espera-se uma melhora na produtividade. A produção estimada é de 7,5 milhões de toneladas, uma queda de 4,5% em relação ao ciclo anterior.

Paulo Teixeira comentou que, apesar das tarifas aplicadas pelos EUA, as vendas brasileiras para o mercado americano continuam fortes. Ele espera que os Estados Unidos reduzam essas tarifas em breve para beneficiar os consumidores.

Carlos Fávaro criticou a administração anterior, afirmando que cogitaram fechar a Conab, o que foi evitado no governo atual.

Geraldo Alckmin ressaltou a importância da Conab na regulação dos preços para evitar grandes variações que prejudiquem o consumidor.

Edegar Preto informou que a Conab retomou os estoques públicos de alimentos após mais de 10 anos, o que ajuda a controlar a inflação.

O governo federal anunciou a liberação de R$ 12 bilhões para renegociar dívidas de produtores rurais afetados por problemas climáticos.




Veja Também