São Paulo, 17 – O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou hoje duas acareações no processo penal referente ao golpe. O tenente-coronel Mauro Cid, que é delator, e o general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil, vão se confrontar diretamente.
No interrogatório, o general negou ter financiado as ações planejadas para o golpe e afirmou que Mauro Cid mentiu em seus depoimentos. O ex-ajudante de ordens alega ter recebido uma caixa de vinho contendo dinheiro entregue pelo general, que foi candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro para a reeleição.
O general Marco Antônio Freire Gomes, ex-comandante do Exército, e o ex-ministro da Justiça Anderson Torres também terão suas versões confrontadas. Freire Gomes declarou que Torres participou de reuniões com teor golpista, o que Torres nega.
Durante a acareação, os réus e testemunhas são ouvidos simultaneamente e fazem um confronto direto sobre os pontos divergentes em seus depoimentos.
Estadão Conteúdo