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quarta-feira, 10/12/2025

Boulos critica alta taxa Selic e diz que bancos saem vencedores

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O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Guilherme Boulos (PSol), manifestou nesta quarta-feira (10/12) sua insatisfação com a manutenção da taxa básica de juros do país, a Selic, em 15% ao ano, decisão tomada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC).

Em uma publicação na rede social X (antigo Twitter), Boulos declarou que “os bancos agiotas venceram” enquanto os trabalhadores brasileiros foram prejudicados. Esta é a quarta reunião consecutiva em que o comitê opta por manter a taxa de juros no patamar atual, após sete aumentos em sequência.

Boulos tem sido um crítico frequente das decisões do Copom que mantêm a Selic em níveis elevados.

Decisão do Banco Central

O Banco Central escolheu manter a taxa Selic em 15%. Essa medida representa uma vitória para os bancos, mas é um revés para os trabalhadores do país, lamentou Guilherme Boulos.

A decisão, alvo de críticas da esquerda desde o início da gestão do presidente do BC, Roberto Campos Neto, já era prevista pelo mercado, que aguarda agora a análise do comunicado oficial.

Contexto dos juros no Brasil

A taxa Selic é a principal ferramenta para controlar a inflação no Brasil. Os membros do Copom decidem se haverá corte, manutenção ou aumento da taxa, visando conter o avanço dos preços.

Quando a taxa de juros sobe, espera-se uma redução no consumo e nos investimentos, tornando o crédito mais caro e desacelerando a economia, o que pode resultar na queda dos preços para consumidores e produtores.

As projeções indicam que a taxa de juros dificilmente ficará abaixo de dois dígitos durante o governo Lula e o mandato de Galípolo na presidência do BC.

Política monetária atual

Desde setembro do ano passado, houve uma política monetária restritiva, com o Copom interrompendo o ciclo de cortes e elevando a Selic de 10,50% para 10,75% ao ano inicialmente.

No último comunicado, diferentemente do esperado, o Copom não sinalizou cortes próximos e reforçou a necessidade de manter taxas elevadas por um período prolongado para assegurar o controle da inflação.

“O cenário atual é marcado por expectativas desancoradas, inflação alta, resiliência econômica e pressões no mercado de trabalho. Para garantir a convergência da inflação à meta, é necessária uma política monetária significativamente contracionista por tempo suficiente”, declarou o comitê.

Próximas reuniões do Copom em 2026

  • 27 e 28 de janeiro
  • 17 e 18 de março
  • 28 e 29 de abril
  • 16 e 17 de junho
  • 4 e 5 de agosto
  • 15 e 16 de setembro
  • 3 e 4 de novembro
  • 8 e 9 de dezembro

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