O presidente Gabriel Boric fez seu último voto como chefe do Chile neste domingo (14/12), durante o segundo turno para escolher quem vai sucedê-lo. Mais de 15,6 milhões de chilenos aptos foram às urnas para decidir entre o candidato de direita José Antonio Kast, conhecido como o “Bolsonaro chileno”, e a candidata comunista Jeannette Jara.
Nas redes sociais, Boric destacou o valor da democracia, que definirá o líder do país para os próximos quatro anos.
“Na minha última vez votando como Presidente da República, convido toda a população a participar desse processo democrático que elegerá quem conduzirá nosso país nos próximos quatro anos. É com o voto que construímos nosso futuro comum, apesar das diferenças legítimas de opinião política”, declarou Boric.
Ele ainda ressaltou que o Chile é uma só nação e quem for eleito presidente receberá apoio institucional imediato, garantindo uma transição adequada e respeitando a tradição republicana.
“Nosso sistema eleitoral é exemplo para o mundo, motivo de orgulho para todos. Neste último voto, agradeço novamente ao Servel, aos mesários, fiscais de mesa e todas as instituições que tornam esse processo exemplar”, afirmou o presidente chileno.
Conforme a lei chilena, Gabriel Boric não pode buscar reeleição consecutiva. As pesquisas atuais indicam que Kast pode alcançar entre 55% a 60% dos votos, com segurança pública como principal tema de sua campanha. Apesar de Jara ter liderado o primeiro turno por pequena margem, ela enfrenta agora uma frente de direita fortalecida ao redor de Kast.
O governante que assumir em 11 de março de 2026 encarará um parlamento fragmentado.
