23.5 C
Brasília
quarta-feira, 15/10/2025

Bombardeiro nuclear dos EUA realiza voo perto da Venezuela

Brasília
chuva fraca
23.5 ° C
23.5 °
20.9 °
71 %
1kmh
20 %
qui
30 °
sex
33 °
sáb
33 °
dom
31 °
seg
20 °

Em Brasília

Um bombardeiro estratégico B-52 dos Estados Unidos, com capacidade para transportar armas nucleares, realizou um sobrevoo próximo à costa da Venezuela. Esta ação militar norte-americana intensifica ainda mais as pressões contra Nicolás Maduro, ocorrida nesta quarta-feira (15/10).

Além da aeronave BUNNY03, outros dois B-52, destinados a carregar armamentos convencionais, realizaram voos na mesma área. Identificados como BUNNY01 e BUNNY02, eles partiram da cidade de Shreveport, no estado da Luisiana, por volta das 2h50 (horário local).

De acordo com o site de monitoramento de voos Flighradar24, os três bombardeiros pesados passaram próximos da ilha La Orchila, onde está situada uma base militar venezuelana. As aeronaves chegaram a se posicionar a menos de 200 km da capital venezuelana, Caracas, mas permaneceram no espaço aéreo internacional, sem infringir qualquer restrição.

Até o momento, o governo dos Estados Unidos não se pronunciou oficialmente sobre o voo. Porém, mais cedo, o Comando Sul dos EUA (SOUTHCOM) anunciou exercícios militares que envolvem helicópteros e um grupo anfíbio da Marinha no Mar do Caribe. Segundo o comunicado, a operação visa interromper o tráfico ilegal de drogas e proteger a pátria.

Pressão contra Maduro

O voo dos bombardeiros próximos à Venezuela fortalece o cerco e a pressão dos Estados Unidos contra o presidente venezuelano, Nicolás Maduro.

Desde agosto, Washington enviou uma frota naval para a região do Caribe e posicionou caças F-35 em Porto Rico.

Essa mobilização ocorre em um contexto de acusações contra o líder chavista, apontado como comandante do cartel Los Soles. Essa organização foi reclassificada como grupo terrorista pelo governo americano — medida que abriu caminho para operações militares em outros países sob a justificativa do combate ao terrorismo.

Nesta quarta-feira, o presidente dos EUA, Donald Trump, confirmou ter autorizado a Agência Central de Inteligência (CIA) a conduzir operações secretas na Venezuela. Na visão do mandatário americano, essa autorização é essencial para bloquear a circulação de drogas nos Estados Unidos. Contudo, o jornal The New York Times aponta que a intenção real dessa decisão é derrubar o governo de Nicolás Maduro.

Veja Também