A poderosa bomba antibunker americana GBU-57 é a única capaz de destruir instalações nucleares iranianas profundamente enterradas. Ela é considerada a arma estratégica ideal para o presidente dos EUA, caso decida envolver o país no conflito contra o Irã, alinhado com Israel.
A GBU-57 pesa 13 toneladas e pode penetrar dezenas de metros no subsolo antes de explodir, característica fundamental que diferencia essa arma. Israel ainda não possui uma capacidade similar para impedir a construção de uma bomba atômica pelo Irã.
Em poucos dias, o exército israelense eliminou o comando militar iraniano e várias instalações de superfície, mas dúvidas permanecem sobre a eficácia dos ataques contra o programa nuclear iraniano subterrâneo, especialmente o complexo de Fordo, localizado a cerca de 100 metros de profundidade. Esse local não sofreu danos, segundo a Agência Internacional de Energia Atômica.
Mark Schwartz, general americano aposentado e especialista do Rand Corporation, destaca que somente os Estados Unidos têm meios convencionais para destruir essas instalações, por meio da GBU-57.
Capacidades da bomba
A GBU-57 pode penetrar até 61 metros de rocha e concreto antes de detonar. Diferente de outras armas que explodem no impacto, essa bomba explode somente dentro da estrutura subterrânea.
Ela é construída com uma carcaça reforçada de aço, que facilita a perfuração de camadas sólidas. Possui 6,6 metros de comprimento e sua eficácia está no detonador, que ativa a explosão ao identificar cavidades, garantindo a destruição do bunker.
Modo de lançamento
A bomba só pode ser lançada pelos bombardeiros americanos B-2, capazes de realizar missões de longo alcance, inclusive no Oriente Médio. Cada aeronave pode transportar duas dessas armas e, caso utilizadas, várias seriam lançadas para garantir sucesso total na missão.
Segundo especialistas, a superioridade aérea israelense reduz os riscos dos bombardeiros B-2. Contudo, uma intervenção direta dos EUA teria alto custo político.
Behnam Ben Taleblu, especialista da Foundation for Defense of Democracies, observa que a bomba não é a única solução para um impacto duradouro no programa nuclear iraniano, destacando que a via diplomática também é fundamental. Na ausência dessa bomba antibunker, ataques israelenses a complexos subterrâneos poderiam tentar desestabilizar as estruturas de outras formas.
