A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, declarou nesta quinta-feira (11/9) que existem evidências contundentes que mostram que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados, acusados de tentativa de golpe de Estado, atuaram contra as instituições democráticas para tentar manter o poder após as eleições de 2022.
Segundo a magistrada, a procuradoria apresentou provas sólidas de que o grupo liderado por Jair Messias Bolsonaro, incluindo figuras importantes do governo, das Forças Armadas e de órgãos de inteligência, orquestrou um plano sistemático para atacar os pilares democráticos com o objetivo de impedir a legítima alternância de poder.
Cármen Lúcia rejeitou todos os argumentos preliminares da defesa até o momento. O julgamento está com o placar parcial de 2 a 1 a favor da condenação de Bolsonaro, com os votos de Alexandre de Moraes e Flávio Dino apoiando a condenação, enquanto o ministro Luiz Fux divergiu, absolvendo a maior parte dos réus, inclusive o ex-presidente.
Em seu voto, a ministra destacou que este caso representa um momento crucial para o Brasil, que confronta sua história e seu futuro no campo das políticas públicas e dos órgãos estatais. A expectativa é que ela e o presidente da Turma, Cristiano Zanin, votem alinhados com Moraes e Dino, consolidando uma maioria de 4 a 1 contra Bolsonaro e os demais acusados.