A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro deve prestar esclarecimentos até às 20h34 desta sexta-feira (22) sobre o pedido de asilo político encontrado no celular dele pela Polícia Federal (PF).
O ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo caso, deu um prazo de 48 horas para que os advogados de defesa se manifestem, começando a contar a partir da intimação.
Moraes mencionou o risco de fuga do país e vários descumprimentos das medidas cautelares que impedem Bolsonaro de usar as redes sociais, inclusive por terceiros.
“Diante disso, intime-se a defesa de Jair Bolsonaro para que, em 48 horas, explique os descumprimentos das medidas cautelares, a repetição das condutas ilegais e o risco confirmado de fuga”, determinou o ministro.
Detalhes do celular
De acordo com o relatório da Polícia Federal, que indiciou Bolsonaro e seu filho, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), no caso do tarifaço, Bolsonaro guardou no celular um documento de 33 páginas, sem data nem assinatura, salvo desde 2024, em que pensou em pedir asilo político ao presidente da Argentina, Javier Milei.
O ministro do STF também mencionou uma tentativa de contato do general Braga Netto, ex-membro do governo, que havia sido proibido de falar com Bolsonaro, e mensagens trocadas entre Bolsonaro e seus aliados para coordenar publicações nas redes sociais.
Depois do indiciamento, Moraes enviou o caso para a Procuradoria-Geral da República (PGR), que decidirá se Bolsonaro e Eduardo Bolsonaro serão denunciados ao STF. As informações são da Agência Brasil.