O ex-presidente Jair Bolsonaro passou por diversos exames no sábado, 16 de agosto, no Hospital DF Star, em Brasília, autorizado judicialmente a deixar a prisão domiciliar. Os resultados indicaram que ele continua com gastrite e esofagite, porém em nível menor, necessitando de tratamento contínuo com medicamentos.
O médico principal da equipe cirúrgica de Bolsonaro, Claudio Birolini, destacou que as condições do confinamento “afetaram em todos os sentidos”, incluindo a impossibilidade de caminhadas, o que pode piorar problemas digestivos e a pressão alta.
O exame de endoscopia revelou que a esofagite e a gastrite permanecem, mas com menor intensidade, exigindo o uso constante de medicamentos, conforme o boletim médico.
O que é gastrite
Gastrite é a inflamação da mucosa que reveste o estômago, podendo ser aguda ou crônica, causada por infecções, uso de certos remédios, consumo excessivo de álcool e estresse.
Sintomas comuns da gastrite:
- Dor ou queimação na parte superior do abdômen;
- Azia;
- Náuseas e vômitos;
- Sensação de estômago inchado;
- Perda de apetite e saciedade rápida;
- Em casos severos, sangramentos como vômito com sangue ou fezes escuras.
O tratamento envolve medicamentos para reduzir a acidez estomacal, como inibidores da bomba de prótons. Caso haja infecção por Helicobacter pylori, antibióticos são necessários. Mudanças no estilo de vida, evitando álcool, cigarro, estresse e mantendo uma dieta equilibrada, são essenciais para evitar crises.
Tabata Cristina Antoniaci, gastroenterologista do São Cristovão Saúde, destaca a importância da dieta, afirmando que um prato balanceado ajuda na digestão e que comer em grandes quantidades à noite ou deitar após as refeições deve ser evitado.
Esofagite
Esofagite é a inflamação da mucosa do esôfago, causada geralmente pelo refluxo gastroesofágico, que traz o ácido do estômago para o esôfago, provocando irritação.
Sintomas principais da esofagite:
- Azia e queimação atrás do esterno, piorando após as refeições;
- Dor no peito ou garganta;
- Dificuldade ou dor para engolir;
- Gosto amargo na boca e mau hálito;
- Rouquidão e tosse persistente em alguns casos.
Thiago Souza, endoscopista digestivo e diretor do Instituto EndoVitta, em São Paulo, explica que casos graves podem ter sangramento e dificuldade para comer alimentos sólidos, afetando a qualidade de vida.
O tratamento para esofagite inclui mudanças de comportamento, como não deitar logo após comer, levantar a cabeceira da cama, perder peso e evitar alimentos gordurosos ou irritantes. Medicamentos para controlar a acidez, como omeprazol, são comuns e, em casos resistentes, cirurgia pode ser necessária.
O diagnóstico de gastrite e esofagite, mesmo em níveis menores, requer cuidados constantes, uso de medicamentos e acompanhamento médico regular.