No primeiro dia do julgamento pelo caso da tentativa de golpe no Supremo Tribunal Federal (STF), nesta terça-feira (2/9), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu dois de seus filhos em sua residência no Jardim Botânico, em Brasília (DF), onde está cumprindo prisão domiciliar. O vereador de Balneário Camboriú (SC), Jair Renan (PL), e o vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro (PL), passaram a manhã acompanhando o pai.
Bolsonaro está preso em casa desde 4 de agosto. Embora visitas familiares não precisem ser notificadas com antecedência, o ministro Alexandre de Moraes determinou a observância de restrições, como a proibição do uso de celular e gravações em vídeo. A única exceção é o filho Eduardo Bolsonaro (PL), que está impedido de se comunicar com o pai devido a investigações sobre coação no processo contra o ex-presidente.
Bolsonaro optou por não estar presente fisicamente no julgamento conduzido pela Primeira Turma do STF. Conforme o advogado Celso Villardi, responsável pela defesa, o ex-presidente desejava participar, mas problemas de saúde o impediram.
Mais cedo, apoiadores do ex-presidente se reuniram em frente ao condomínio onde ele reside para manifestar apoio durante o julgamento. Pediram justiça, solicitaram anistia para os condenados dos eventos de 8 de Janeiro e defenderam a inocência do ex-mandatário. Durante o protesto, uma simpatizante liderou uma oração pedindo proteção e perdão para o líder da direita.
Na noite anterior, uma vigília foi organizada com a presença dos filhos Carlos e Jair Renan Bolsonaro, que estão ao lado do pai no dia do julgamento.