O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) solicitou ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes permissão para incluir sogros, sobrinhas, noras e netas na lista de visitantes autorizados para o Dia dos Pais, comemorado no domingo, 10 de agosto. Bolsonaro está cumprindo prisão domiciliar.
A defesa do ex-presidente apresentou oito nomes de familiares que não constavam na decisão de Moraes, exceto a neta menor de idade. Na decisão anterior, o ministro permitiu visitas de alguns familiares, incluindo os filhos, sem necessidade de aviso prévio, mas manteve restrições, como a proibição de celulares e gravações em vídeo. A lista dos solicitados inclui:
- Vicente de Paulo Reinaldo, sogro;
- Maisa Torres Antunes, sogra;
- Arthur Torres Dourado, sobrinho;
- Alice Torres Dourado, sobrinha;
- Carlos Eduardo Antunes Torres, irmão de criança;
- Fernanda Antunes Figueira, nora;
- Martha Selier, amiga de Carlos Bolsonaro;
- Julia Seillier Bolsonaro, neta.
Os advogados do ex-presidente afirmaram que, apesar da autorização para visita dos filhos e netos sem prévia comunicação, não há anuência expressa para os demais familiares, por isso pedem a autorização, garantindo o cumprimento das medidas cautelares impostas.
Bolsonaro já teve permissão para suas equipes médicas o visitarem sem aviso prévio ao STF e apresenta piora nos episódios de soluços.
Contexto da prisão
A prisão domiciliar de Bolsonaro foi motivada por um vídeo gravado pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente, divulgado nas redes sociais, onde Bolsonaro discursava durante manifestações pró-governo em várias capitais como Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo.
Durante um ato em Copacabana, Bolsonaro agradeceu os apoiadores dizendo: “Obrigado a todos. É pela nossa liberdade. Pelo nosso Brasil. Sempre estaremos juntos”.
Investigação da Polícia Federal
Agentes da Polícia Federal começaram a extrair dados do novo celular apreendido de Bolsonaro. Trata-se de um Samsung Galaxy S24, apreendido quando o ex-presidente chegava em sua residência no Jardim Botânico, Brasília.
A perícia busca verificar se houve coordenação por parte de Bolsonaro na divulgação do vídeo feito pelo senador Flávio Bolsonaro sobre as manifestações, que podem configurar tentativa de obstrução de investigação.
Alexandre de Moraes afirmou que Bolsonaro violou medidas cautelares do STF, incluindo a proibição do uso de celulares. Este é o segundo aparelho apreendido, pois o primeiro foi confiscado em 18 de julho, quando também foram aplicadas medidas como a tornozeleira eletrônica. Na última ação, além da apreensão do novo celular, Moraes decretou a prisão domiciliar de Bolsonaro.