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segunda-feira, 08/09/2025

Bolsonaro lidera com pequena diferença sobre Lula nas redes sociais no 7 de setembro

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O 7 de Setembro terminou com manifestações nas ruas, mas a disputa ganhou força nas redes sociais no dia seguinte, segunda-feira (8/9). Uma análise da Ativaweb Inteligência Digital & Big Data examinou mais de 6 milhões de menções em 24 horas e constatou que o feriado da Independência do Brasil virou uma intensa “guerra digital” entre o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

De acordo com o estudo, 51% das menções vieram de perfis ligados a Bolsonaro, mostrando a força da sua base nas redes sociais. Apesar das restrições judiciais que limitaram sua presença nos meios digitais, o ex-presidente mantém uma militância digital ativa e engajada.

Por outro lado, 47% das interações foram feitas por apoiadores de Lula, que amplia seu alcance especialmente no Nordeste, sinalizando um maior capilaridade em comparação à direita. Apenas 2% dos usuários permaneceram neutros.

As narrativas utilizadas também foram distintas. Entre os que apoiam Lula prevaleceram hashtags como #BrasilSoberano, #Democracia e #Soberania, ressaltando resistência e unidade nacional. Já os partidários de Bolsonaro destacaram #AnistiaJá, #BolsonaroFree e #ForaMoraes, criticando o Supremo Tribunal Federal (STF).

O julgamento de Jair Bolsonaro entra em fase crucial esta semana, com a análise das decisões na Primeira Turma do STF, em que ele é acusado de ameaçar a ordem democrática.

Contexto dos protestos

As redes sociais refletiram o que ocorreu nas ruas. No dia 7 de setembro, houve manifestações em diversas capitais. Em Brasília, aproximadamente 30 mil pessoas, segundo os organizadores, participaram do ato pró-Bolsonaro, pedindo anistia ampla e o impeachment do ministro Alexandre de Moraes.

A esquerda se reuniu no Grito dos Excluídos na Praça Zumbi dos Palmares, defendendo a soberania nacional e criticando a anistia aos envolvidos nos protestos do dia 8 de janeiro.

Em São Paulo, o desfile cívico no Anhembi contou com autoridades como o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). Os protestos dividiram-se: a esquerda exibiu bonecos de Bolsonaro preso e criticou a influência dos EUA, enquanto a direita realizou uma manifestação na Avenida Paulista com a participação de Michelle Bolsonaro, Nikolas Ferreira e Silas Malafaia.

No Rio de Janeiro, Copacabana foi cenário de manifestações que pediam a liberdade de Bolsonaro e criticavam o STF, enquanto grupos de esquerda protestaram contra a anistia.

Bolsonaro versus Lula nas redes sociais

O estudo detalhou a distribuição regional das menções no ambiente digital. Entre os apoiadores de Jair Bolsonaro, São Paulo liderou com 7,9% das interações, seguida pelo Rio de Janeiro (7,6%) e Belo Horizonte (3,1%). Outras capitais como Goiânia, Curitiba, Brasília e Fortaleza também apareceram destacadas na mobilização bolsonarista, evidenciando o peso das regiões Sudeste e Centro-Oeste.

No campo lulista, São Paulo teve maior participação (9,5%), seguida pelo Rio de Janeiro (6,0%) e Salvador (4,0%), com Recife, Fortaleza e João Pessoa também entre as cidades mais engajadas.

Outro indicador relevante é o Índice de Força Regional (IFR): enquanto Bolsonaro mantém seu reduto no Sudeste, Lula apresentou uma distribuição mais equilibrada, com forte atuação no Nordeste.

Essa distribuição se refletiu também no Índice de Diversidade Narrativa (IDN): os seguidores de Lula apostaram em discursos ligados à soberania, povo e democracia, enquanto os bolsonaristas centralizaram suas mensagens em torno da anistia, críticas ao STF e defesa da liberdade.

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