O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF), na manhã desta terça-feira (16/9), o atestado médico referente à sua recente ida ao hospital no último fim de semana.
Bolsonaro está cumprindo prisão domiciliar desde 4 de agosto, conforme determinação do ministro Alexandre de Moraes. O documento médico indica que, após exames, foi diagnosticado um quadro de anemia devido à deficiência de ferro. A tomografia do tórax revelou uma imagem residual de pneumonia recente causada por broncoaspiração.
Os profissionais de saúde responsáveis informaram que o procedimento foi feito com anestesia local e sedação, sem complicações. O atestado descreve que foram removidas oito lesões de pele localizadas no tronco e no braço e/ou ombro direito. Durante a operação, Bolsonaro recebeu reposição de ferro por via intravenosa.
Nos próximos dias, os resultados anátomo-patológicos das lesões na pele serão divulgados para diagnóstico preciso e avaliação da necessidade de tratamentos adicionais. Por enquanto, Bolsonaro deve continuar o tratamento para hipertensão arterial, refluxo gastroesofágico e adotar medidas preventivas contra broncoaspiração, conforme indica o atestado assinado pelos médicos.
Bolsonaro foi conduzido ao hospital sob escolta da Polícia Penal do Distrito Federal. Entretanto, o ministro Alexandre de Moraes solicitou esclarecimentos à corporação devido à ausência de transporte imediato até a residência do ex-presidente no Jardim Botânico (DF).
Em despacho emitido na segunda-feira (15/9), o ministro determinou que a Polícia Penal envie um relatório detalhado à Corte, contendo informações sobre o veículo usado e os agentes que acompanharam Bolsonaro durante a internação.
Ao deixar o hospital, o cirurgião chefe da equipe médica, Cláudio Birolin, declarou que Bolsonaro estava com alimentação reduzida e apresentava saúde debilitada. O ex-presidente cumprimentou seus apoiadores, que entoaram seu nome e o hino nacional. Em seguida, ele retornou para casa por volta das 14h.