O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) encontra-se detido no prédio do Comando de Operações Táticas (COT) da Polícia Federal (PF) em Brasília (DF). Informações obtidas com exclusividade pelo Metrópoles indicam que ele foi transportado até o local em uma van da PF e que, logo após sua chegada, o policiamento foi intensificado na área.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decretou a prisão preventiva com fundamento em uma tentativa de violação da tornozeleira eletrônica usada por Bolsonaro durante a prisão domiciliar.
A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) retirou os jornalistas que estavam na rua em frente ao edifício pouco depois da chegada de Bolsonaro. Com a área isolada, agentes do COT posicionaram viaturas na entrada para aprimorar a segurança e evitar registros das operações internas.
Bolsonaro permanece escoltado pela PF no COT, mas não há confirmação se permanecerá no local por tempo indeterminado. A estrutura foi reforçada com equipes táticas e barreiras extras para garantir controle do acesso e da vizinhança.
Violação da tornozeleira
Registros do Centro de Integração de Monitoramento Integrado do Distrito Federal enviados ao STF indicam que houve tentativa de violar a tornozeleira às 0h08 do sábado (22/11). O dispositivo não chegou a ser destruído, porém a intenção foi constatada.
Segundo o relatório, “a informação demonstra a intenção do condenado em romper a tornozeleira eletrônica para tentar escapar, facilitado pela confusão provocada por uma demonstração organizada por seu filho”.
O evento mencionado foi uma vigília promovida pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-SP) em frente ao Condomínio Solar de Brasília, no Jardim Botânico. A manifestação também motivou o pedido de prisão preventiva da PF, com o argumento de ameaça à ordem pública.
Bolsonaro, condenado a 27 anos e 3 meses por tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022, foi encaminhado para a Superintendência da Polícia Federal em Brasília.
Pedido de prisão domiciliar negado
O ministro Alexandre de Moraes considerou sem efeito o pedido feito pela defesa de Bolsonaro para concessão de prisão domiciliar humanitária. A solicitação foi feita na tarde de sexta-feira (21/11), acompanhada de diversos laudos médicos.
Também foram indeferidos os pedidos para visitas de 16 pessoas, incluindo políticos como os deputados Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), Júlia Zanatta (PL-SC) e Bia Kicis (PL-DF), além do senador Carlos Portinho (PL-RJ).
Entre os visitantes solicitados, estavam ainda o ex-desembargador do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) Sebastião Coelho e o Padre Kelmon, cujo pedido também foi negado.
