A equipe de defesa do Jair Bolsonaro (PL) comunicou o Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a necessidade de atendimento médico urgente para o ex-presidente, que foi internado no hospital DF Star em Brasília na última terça-feira (16/9). Bolsonaro, que está em prisão domiciliar desde o dia 4 de agosto, passou mal e foi rapidamente encaminhado para a unidade de saúde.
De acordo com a manifestação dos advogados do ex-mandatário: “Conforme exigido pela decisão de e-Doc. 1.597, informamos que hoje, atestado médico em mãos, o Peticionário apresentou um episódio de mal-estar, pré-síncope e vômitos acompanhados de queda na pressão arterial, o que fez necessária a ida emergencial ao Hospital DF Star, onde permanece recebendo os cuidados médicos adequados.”
Ao conceder a prisão domiciliar, o ministro do STF Alexandre de Moraes estipulou que qualquer deslocamento emergencial do ex-presidente para unidades hospitalares deveria ser comunicado à Corte em até 24 horas.
O transporte para o hospital ocorreu com escolta policial composta por veículos e helicóptero, e Michelle Bolsonaro, esposa do ex-presidente, acompanhou-o durante o trajeto.
Na entrada do hospital, o deputado Evair de Melo (PP-ES) informou que Bolsonaro deverá passar a noite no local para a realização de exames.
Mais cedo, a defesa já havia entregue ao STF atestado médico referente a exames feitos no domingo (14/9), mostrando que o ex-presidente sofre de anemia por deficiência de ferro e apresentava, segundo uma tomografia de tórax, uma imagem residual de pneumonia recente decorrente de broncoaspiração.
Prisão domiciliar
Bolsonaro está cumprindo prisão domiciliar desde o dia 4 de agosto, conforme decisão do ministro Alexandre de Moraes no inquérito 4.995. A investigação busca esclarecer a possível interferência do ex-presidente para intimidar autoridades brasileiras e atrapalhar o andamento da Ação Penal 2.668, referente ao plano golpista ocorrido em 2023. O filho do ex-presidente, Eduardo Bolsonaro, também é investigado neste processo.
Na quinta-feira passada (11/9), Bolsonaro foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão devido ao envolvimento nessa trama, que objetivava impedir que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assumisse a presidência em 2023, mesmo depois de sua vitória eleitoral.