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sexta-feira, 20/06/2025




Bolsonaro e aliados recebem churrasco em frigorífico antes de passar mal

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Em Brasília

Na manhã de sexta-feira, 20, Jair Bolsonaro (PL) sentiu-se mal e teve que cancelar sua agenda em Goiás. Antes da indisposição, o ex-presidente e seus apoiadores foram convidados para um churrasco no Frigorífico Goiás, localizado na capital do estado. O CEO da empresa, e amigo de Bolsonaro, Leandro Batista da Nóbrega, ofereceu carne assada aos simpatizantes que aguardavam a chegada no local.

Em um vídeo postado nas redes sociais, Bolsonaro cumprimenta Leandro e confirma sua presença no almoço. O empresário replicou o vídeo e convidou os apoiadores do ex-presidente para se reunirem no frigorífico trajando camisetas do Brasil a partir das 9h30.

Outros vídeos, divulgados nos stories do Instagram de Leandro naquela manhã, mostram os funcionários preparando a carne e os bolsonaristas se agrupando em frente ao frigorífico. O deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO), que acompanha Bolsonaro na agenda em Goiás, compartilhou uma foto nas redes sociais de uma peça de picanha com o rosto do ex-presidente no rótulo, intitulada “picanha black”.

Bolsonaro passa mal durante o evento

Após sentir-se mal durante o churrasco, Bolsonaro cancelou seus compromissos no estado. A confirmação veio em comunicado divulgado pelo prefeito de Anápolis, Márcio Corrêa (PL), local onde o ex-presidente tinha compromissos agendados.

No comunicado, o prefeito informou que Bolsonaro foi encaminhado de volta a Brasília, sem maiores detalhes sobre sua condição de saúde.

Na quinta-feira, 18, durante uma homenagem na Câmara de Aparecida de Goiânia, Bolsonaro já havia relatado problemas estomacais, chegando a interromper seu discurso após um arroto: “Desculpe, estou muito mal. Vomito cerca de 10 vezes por dia, talvez. Talvez desça o primeiro daqui a pouco”, declarou.

“Picanha do mito”

Leandro Batista da Nóbrega havia realizado ações para a campanha de Bolsonaro nas eleições de 2022. Em 10 de outubro daquele ano, anunciou a venda da chamada “picanha do mito” por R$ 22, para quem comparecesse ao frigorífico usando camiseta do Brasil.

A promoção causou aglomeração e tumulto de clientes tentando entrar no local. As portas de vidro do estabelecimento foram quebradas e uma mulher de 46 anos, Yeda Batista da Silva, faleceu durante o incidente.

O juiz Wilton Salomão, do Tribunal Regional de Goiás, suspendeu a promoção alegando que a venda de carne premium por preço abaixo do mercado indicava possível abuso do poder econômico, prejudicando a legitimidade do processo eleitoral. A decisão também estabeleceu multa de R$ 10 mil por hora de veiculação da promoção.

O Ministério Público solicitou abertura de inquérito pela Polícia Federal para investigar o ocorrido. O pedido aponta que a promoção configurava propaganda eleitoral irregular, com captação de eleitores, divulgação de propaganda partidária e publicação de conteúdo relacionado no dia das eleições.




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